Ontem, D. Marisa foi
Pra Sede do Distrito,
E eu não achei ruim
Nenhum pouco disso.
Por que, ó Querino,
Não achaste ruim
D. Marisa te deixar
Aqui tão só assim?
Ora, porque ela fez
A boa vontade dela,
E a minha era ficar,
Ainda assim sem ela.
Porque a pior coisa
É viver pelos outros,
Fazendo tudo aqui
Sem o próprio gosto.
Se com ela eu fosse,
Ela ficaria mais ditosa,
Contudo, eu estaria
Igual cobra venenosa.
Então, ela fez o gosto
Dela aqui na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Onde nasci, cresci
E doidei por tentar
Modificar a vontade
De gente neste lugar
Titulado Bananeiras.
Então, hoje em dia,
Deixo todo mundo
Viver a sua alegria,
Pois quando eu via
As coisas perigosas,
Ficava preocupado
E de forma nervosa,
Todos diziam que eu
Era um cara besta,
Pois eu botava sim,
Na minha cabeça
Essas preocupações.
Ora, no final de tudo,
Só sobrou para mim,
E acho um absurdo,
O que eu já aprecio
Na vida dos outros,
Porque hoje em dia,
Muitas coisas eu ouço
E fico aqui refletindo:
Por que era um cara
Que sempre queria
Ver vida lidando para
Viver melhor aqui
Neste Orbe Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra,
E hoje, até os amigos
Zombam de mim,
De forma que eu fico
Achando isso ruim,
Pois eu enlouqueci
Não foi por querer,
Foi pela frustração
Que eu tive no viver?
Ora, eu tentei mudar
As atitudes do povo,
Para viver bem aqui
No Sistema Religioso
Onde eu achava bom
E um meio especial.
Mas quando doidei,
Se saiu esse pessoal
De mim, deixando
Minha vida deserta,
A ponto de eu ficar
Sem uma trilha certa.
Mas como Deus vê
Que a minha loucura
Não foi por gosto,
Já devolveu segura
A minha boa mente,
De forma especial,
Que vivo satisfeito
Entre esse pessoal
Que caçoava sim,
Desse procedimento
Que já embaraçou
Meus pensamentos.
E graças ao Senhor,
Por tudo que passei
E conheci os “irmãos”
Que um dia achei
Que eram sinceros.
Ora, com o passar
Do tempo, Deus fez
Uma jovem me amar,
Sem nenhuma visão
Interesseira no Orbe
Intitulado Terra,
Onde tudo Ele pode
Fazer na boa em prol
Dos que o amam sim.
Então, Deus pegou
E deu feliz para mim
A jovem Maria José
Pra amar minha vida,
E ela poeticamente
É titulada D. Marisa.
Por isso eu a deixo
Fazer o seu gosto,
Ainda só eu ficando.
Não é pelos outros
Que hoje, sigo mais.
Graças ao Senhor
Que já devolveu sim,
A mente com vigor
E muita inspiração.
Eu não trago na vida
O tal ressentimento,
Porque a D. Marisa
Superou tudo isso
Que eu passei aqui,
Desde o tempo em
Que eu nasci, cresci,
Preconceito sofria
E menosprezo sim.
Porém, hoje em dia,
Não acho nada ruim,
Pois com a D. Marisa
Aqui ao meu lado,
Ergo a minha cabeça,
Persisto sim animado
Com esta fé em Deus
E confiante em Jesus,
Que enviou o Espírito
Santo, não tem cruz
Que eu não possa
Carregar numa boa.
Confesso: Se ainda
Entre essas pessoas
Vir esse sofrimento
Que eu passei antes
De D. Marisa entrar
No coração amante
Desse cara romântico,
Estático e sentimental,
Sinceramente, serei
Morto entre o pessoal.
Pois a idade já não dá
Para eu aguentar isso.
Mas tudo bem, estou
Confiante em Cristo
Que minha vida será
Cada dia, pensativa
No amor da Mulher
Que feliz ama a vida
Do cara apaixonado
Pelo Senhor Deus
Que é tudo e faz tudo,
E esse cara sou eu.
Ora, redigi este texto
Nesta manhã linda
Ouvindo Roberto Carlos,
Sobretudo “ROTINA”.
O Romantismo já faz
Parte sim, da paixão
E do sentimentalismo,
Por isso meu coração
É gamado pela Mulher
Que cuida desta vida
Que Deus me dá aqui,
E a Mulher é D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus