No sertão está tudo seco
A boiada pasta sem nada,
Come mandacaru triturado
Às vezes sem beber água.
A trovoada desapareceu,
Nunca mais aqui chegou,
A enxada está enferrujada,
Pois ninguém mais a usou.
É a maior seca no sertão
Desses últimos anos.
Todo mundo sofre igual
Neste cantinho baiano.
Contudo vemos que isso
Faz parta dos nordestinos,
Que sempre sofre calado
Achando que seja destino.
Ó chuva vem nos favorecer
Pede para eu ir lá em cima
Chamar-lhe com insistência
Para cair nesta terra
divina.
Estou aqui abandonado
Esperando por você, ó
chuva,
Que tem caído bem distante
Fazendo suas boas curvas.
Ó chuva tenha mais amor
Por este povo nordestino
Que padece por falta sua
E toma longínquo destino.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino |
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