Poeta Mário Querino 17/01/2014 |
Cada dia que se passa
Aumenta o meu desejo,
Fico cheio de graça
No cantinho sertanejo.
Não sei qual é a razão
De eu gostar tanto
Do meu sertão.
Tem algum encanto
Para me prender assim,
Mas eu não descobrir
O que existe em mim
Nem o que eu senti
No meu pobre coração.
Eu só sei dizer
Que o meu sertão
Eu amo pra valer.
Não tem outra cidade
Que possa me iludir,
Não tem bondade
Para mim sair daqui.
Posso deixar o sertão
Se eu me tornar cruel,
Pensa o meu coração:
“Somente deixo pelo Céu”.
Aqui não tem riqueza,
Não tem instrução,
Não há muita grandeza,
Mas amo de coração
Tudo que tem aqui.
Aqui tem rio,
Aqui eu posso ouvir
Muitos desafios
Entre os passarinhos
Que gostam de cantar
Na beira do caminho
Que gosto de passar.
Aqui tudo é natural,
Tudo é obra de Deus,
Eu pego um animal
Sigo o caminho meu.
Vejo a paisagem linda
E começo a contemplar,
Meu caminho finda,
Mas não deixo de olhar.
Chego na casa de um irmão
E passo ali um tempo
Tenho liberdade no sertão
E também contentamento.
Talvez outra pessoa
Não goste daqui,
Mas acho uma coisa boa
E não pretendo sair
Do meu querido sertão.
Eu me sinto feliz
E alegro o coração
Quando alguém diz
Que aqui é gostoso,
E na verdade é,
Aqui é maravilhoso
Para quem quer
Tomar banho de barragem,
Ouvir pássaro cantar,
Ver uma linda paisagem
E um ar puro respirar.
Sentir uma paz gostosa
E alegrar o coração,
Ver gente bondosa
Aqui no meu sertão.
Como é bom imaginar
Vendo tudo isso!
Como é bom contemplar
As obras de Jesus Cristo!
Talvez eu não sinta emoção
Porque já vivo acostumado,
Já conheço o meu sertão
E muito tenho contemplado.
Mas quem nunca veio aqui
Tem muito desejo
De ver o que eu escrevi
Neste cantinho sertanejo.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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