O cachorro me quis
Prestar uma queixa,
Porque ficou infeliz,
Pois o homem deixa
Sua casa toda aberta
Sem haver problema.
O cachorro vê o Poeta
E diz: “Amigo, entenda
A minha queixa agora,
Sei que você já redigiu
Muitas pelo país afora,
E já sabe disso o Brasil.
Tem um adágio que diz:
“Porta aberta cão entra.”
Então num dia bem feliz
Que todos se contentam,
Caiu uma chuva rápida
E como não queria ficar
Me molhando na praça,
Procurei então entrar
Numa casa escancarada
Sem ainda morar alguém.
Então eu e 2 camaradas
Sem mexer com ninguém,
Ganhamos várias pedradas.
Uma pegou nas costelas
De um amigo que lá estava,
Acho que feriu uma delas.
Um amigo procurou saída
Pelo fundo daquela casa,
Mas por má sorte na vida,
Não achou e levou porrada.
Então, agora, lhe pergunto:
Qual foi o mal que fizemos?”
Eu falei: Tudo isso
assunto
E já começo lhe dizendo
Que o ser humano é assim,
Quando é pobre tem amor
Pelos bichos até ao fim,
Mas quando já se achou
Que é dono do mundo,
Começa a maltratar sim
Sem mais amor profundo,
Os bichos se tornam ruins.
Porém, amigo cachorro,
Se você levou pedradas,
De fato, ergueu o choro,
Mas agora não diga nada,
Tudo já passou amigo,
A chuva já passou bem
Já passou seu gemido
E as consequências vêm
Para quem lhe bateu
E apedrejou também
Aqueles amigos seus
Que se conheciam bem.
Deus está com vocês,
Meu amigo cachorro,
Talvez, não vamos ver
Também o triste choro
De quem machucou
Vocês sem ter motivo.
Você hoje me procurou
E pode contar comigo.
Deus é o nosso Criador,
E Ele sofre por tudo isso.
De fato, você apanhou,
E pela queixa tenho visto.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino |
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