Poeta Mário Querino - Poeta de Deus 08//10/2014 |
Alguém mandou um cara
Ir para o Inferno,
Claro, não é coisa rara.
O cara vestiu um terno
E foi ao Inferno sim.
Quando chegou lá ouviu:
“Sem permissão de mim?”
Um calafrio o cara sentiu.
Mesmo assim respondeu:
“Alguém mandou e eu vim.”
A voz disse: “Aqui é meu
E ninguém falou para mim,
Como você veio para cá?
Volte e diga a esse alguém
Que primeiro deve falar
Para que eu receba bem
Alguém que ele mandar.
Ao contrário, ninguém vai
No Inferno ficar,
E pior quem não satisfaz
A minha vontade, cara.
Porém, para ficar aqui
Faça sua declaração clara,
Senão você pode sumir.”
O bom amigo recomendou
Alguém ao Pai Eterno.
No Céu contente chegou,
Claro, dentro de um terno.
Quando já estava no Céu
Alguém ouviu uma voz:
“Você aí, amigo de chapéu,
Por que está entre nós?”
Alguém disse: “Foi Jesus
Quem mandou e eu vim.”
A voz disse: “Siga essa luz
E prossiga até ao fim.”
Sempre eu estou dizendo:
Só devemos enviar alguém
Para onde estamos tendo
Uma boa parte também.
Por exemplo, eu mando
O amigo à roça de meu pai,
E quando ele tiver sacando
Frutas, alguém diz: “Ei
rapaz,
Quem permitiu estar aqui?”
O amigo diz: “Foi o Mário.”
Alguém pro amigo sorrir
E diz: “Pegue o necessário...”
Mas se eu mandar à roça
De uma pessoa estranha,
De fato, o dono não gosta
E diz: “Ei, o que você apanha
Aqui na minha roça, rapaz?”
O amigo diz: “O necessário,
Não pego nada demais,
Quem mandou foi o Mário.”
O dono diz: “Esse tal de
Mário
Manda em nada aqui?
Vá embora seu ordinário,
Pegue o caminho para
sumir.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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