Poeta Mário Querino 09/10/2014 |
Um sábio quis saber
A altura da educação
Do povo duma cidade,
Usou com precisão,
A inteligência, o saber
E a maneira adequada
Para ver a educação.
De fato, foi observada
As atitudes do povo.
Então pôs no jardim
As lixeiras adequadas
E ainda frases assim:
“Não jogue papel aqui,
Preserve o ambiente.”
Com 30 dias o Jardim
Estava completamente
Cheio, o zelador catou,
Deixou bem limpinho,
Debaixo de sol quente
Fez tudo com carinho.
Então o sábio inverte
Essas frases postas:
“Jogue papel no jardim.”
As lixeiras ele emborca.
Com 30 dias voltou lá,
Por incrível que pareça,
Não encontrou papel.
O sábio abaixa a cabeça
E comenta: “Este povo
É bem educado e sabe
O que está fazendo.
Então agora o que cabe
É analisar esse por quê...
Ao pedir para não jogar
Papel no jardim, Jogaram
Sem nada disso observar.
Quando eu disse: jogue.
Ninguém ousou a jogar,
Isso faz a gente intuir
A educação deste lugar.”
Então durante os 30 dias
Passava um com papel,
Quando leu as frases
Disse: “Meu Deus do Céu,
Que burrice do zelador,
Um jardim tão bonito
E ele manda jogar papel,
Só louco aceita isso.
Além de tudo as lixeiras
Estão todas emborcadas,
Isso é coisa de doido!”
E deixou todas retificadas.
Agora o que o sábio pode
Ver nessa educação
Do povo dessa cidade?
Claro, com boa atenção
O sábio pode descobrir
Que o povo é educado,
Mas não gosta de cumprir
Preceitos determinados.
Por isso disse bem assim:
“Se a Lei quiser ser
ouvida,
Faça tudo ao contrário,
De fato, ela será cumprida.”
Um bom exemplo de vida:
O Médico fala ao paciente:
“Amigo o crack é a
solução,
Para deixar você contente.”
O paciente diz: “Droga?
O senhor quer me matar?
Estou procurando saúde,
E o senhor, droga quer dar?”
Mas se o Médico disser:
“Se você não parar de usar
O crack, você vai morrer.”
O paciente cônscio já está,
É proibido o uso do crack,
Mas faz uso de tudo isso.
O sábio vê que, algo
contra
A Lei para o povo é
lícito.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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