Estava andando pela rua
E ouvi relatos sobre mim:
“O cara mudou a vida sua,
Ele não andava tão assim,
Barbudo, sujo nem jururu.
Era bem visto no Distrito,
Cantinho de Pindobaçu,
Todos lhe achavam bonito.”
Então eu cheguei em casa
Com outro pensamento,
No banheiro tirei a barba,
É óbvio, em pouco tempo.
De fato, já fiquei
diferente,
Não estava mais barbudo,
Me achei elegantemente,
Antes de transformar tudo.
Fui ao guarda-roupa feliz
Para escolher uma roupa,
Obviamente a que eu quis
Para me tirar a ideia
louca.
Quando eu vestir a calça
E a camisa preta também,
Já fiquei repleto de graça
E me sentindo muito bem.
Calcei sapato marrom,
Certamente não era novo,
Porém, ainda estava bom
No contemplar do povo.
Daí aumentou bem mais
A minha amabilidade sim
Pela vida que me dá o Pai
Que sempre cuida de mim.
Coloquei uma boa gravata
Para ficar bem melhor
E todo mundo ter a graça
De me ver ao seu redor.
Coloquei óculos e chapéu
E ainda uma boa caneta,
Não parecia um tabaréu,
Mas um sábio do Planeta.
Quando saí na rua de novo,
Os mesmos que relataram
Comentavam para o povo:
“O cara! Não se cuidava
E agora ele só quer ser,
Parece até um Deputado...”
Então, o que eu posso
fazer?
É viver a vida do meu
agrado.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino |
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