quarta-feira, 16 de setembro de 2015

VOU À CASA DO PAI

Poeta Mário Querino 16/09/2015


Quando eu era jovem
No auge da vontade
De ser um bom Doutor,
Alguém veio da cidade


E induziu ao meu pai
Para me levar à cidade.
Porque lá teria trabalho
E estudo de qualidade.


Meu desejo era grande
De ser um bom Doutor.
Não pensei duas vezes,
Disse: Meu pai, eu vou.


Não sabia que o tempo
É para todo mundo,
E ainda é determinado.
Segui a cada segundo


Para a maior cidade
Da América do Sul,
Deixando meu Distrito,
Cantinho de Pindobaçu.


Como o tempo não é
Determinado por mim,
Sofri só um condenado
Como nunca sofri assim.


Daí, parei, pensei e falei:
Deus, vou à casa do pai,
Ainda não serei Doutor,
Agora eu voltarei atrás


E esperarei teu tempo.
Daí voltei arrependido
Vim trabalhar na roça.
Agora estou agradecido,


Pois meu tempo chegou,
Alcancei uma formatura,
Me apuro bem na poesia
E vivo a minha cultura.


Agora contemplo o Céu
E agradecido falo assim:
Deus, meu tempo chegou,
O Senhor é tudo pra mim.


Mas foi boa a experiência,
Trouxe sentido na vida,
O que sofri valeu a pena,
Tenho paz bem-sucedida.


Quando ficamos iludidos
Caçando fora do tempo,
Só tende a ser frustrado
Com loucos pensamentos.


E quando o tempo chega
Tudo é alegria e glória,
Então dou louvor a Deus
Por me dá grande vitória.



Mário Querino – Poeta de Deus   

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