Mário Querino 05/04/2020 |
Quando eu era jovem,
Alguém disse assim:
“O Amor é cego, surdo,
Mudo e cheira ruim,
Quando fica diante
Da pessoa que ama.”
Assim, cresci tendo
Essa ideia que engana,
Até quem já não quer
Amar com fidelidade.
Porém, eu já cheguei
Nesta terceira idade,
Analisando tudo isso,
Notei que é conversa,
O Amor não é cego,
Como ouvia o Poeta,
E sim, enxerga tanto,
Que vê a pessoa bonita.
Como cego consegue
Ver alguém? Explicas...
Se o Amor fosse surdo,
Como poderia ouvir
Palavras apaixonadas
Que lhe fazem sentir
Volição tão profunda?
O Amor é mudo assim,
E como fala no celular
Tão baixo, algo ruim
Ou bom pra despertar
A sua sensibilidade,
A ponto de se manter
Com mais lubricidade?
Se mau cheiro o Amor
Exalasse, o dia inteiro
Suportaria ficar perto
O seu companheiro
Ou a sua companheira,
Que Deus dá na Terra,
Sobretudo no lugarejo,
Meu bom pé de serra?
Na minha concepção,
O Amor enxerga tudo,
Até varoa do próximo.
Ele só se faz de surdo,
Quando é “amor” infiel.
Claro, para destruir
União de quem é leal
E vive muito feliz aqui,
E pra ter bom negócio,
O “amor” se faz mudo,
Pra ninguém entender
A sua estratégia e tudo
Que planeja o coração.
O “amor” é fedorento,
Para alguém não intuir
O seu vil movimento.
Mas o homem de Deus
Sabe divisar tudo isso,
Estudei e estudo para
Viver bem no Distrito.
Que seja cego, mudo,
Surdo ou fedorento,
O Amor sincero nota
Mais que pensamento:
“Cego não ver beleza,
Surdo não ouve palavra
Amorosa de pessoa
Que vive apaixonada,
Fedorento não se sente
Bem ao lado de alguém
Que Ama com lisura,
Pois o Amor cheira bem.
O Amor sincero pega
Com suas duas mãos
E guarda para sempre
Na alma e no coração.
Então, eu não acredito
Mais nesses adágios.
Quem diz que o Amor
É assim, é um coitado.
O Amor é puro sim,
Quem ama se cuida,
E mais cuida do outro
Sem nenhuma dúvida.
Mário Querino – Poeta de Deus
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