Se a gente fosse parar
Um instante na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Onde eu nasci, cresci,
Sofri uma grande dor
E até aqui, eu prossigo
Com vigor, paz e amor
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que me atura
Sem se importar não,
Com a minha loucura,
Pois na sua percepção,
A vida é pra ser assim,
Eu lhe amando aqui,
Ela cuidando de mim
E Deus nos auxiliando
Por amor a Jesus Cristo,
Que já veio ao mundo
E com muito sacrifício
Venceu sim à Morte
Que O levou ao jazigo,
Porém ao terceiro dia
Ressuscitou, está vivo
E sentado sim à destra
De Deus Pai, é claro,
Precisamos entender
Que viver aqui é raro.
Então devemos fazer
O melhor sim, para si
E para agradar outros
Que ainda vivem aqui
No planeta Terra, onde
Estou vivendo 34 anos,
Ditoso com esta vida
Neste cantinho baiano,
Ao lado da boa Mulher
Intitulada D. Marisa,
A gente pensava bem
Melhor sim, nesta vida
Que traz a convicção
De pouco tempo aqui
No planeta Terra.
Então, parar e refletir
Faz bem pro Homem
E também pra Mulher.
Por isso não tenho
Nenhuma dúvida, a fé
Me leva onde eu nem
Pensei, imagina chegar
Onde eu já cheguei,
Com a Varoa pra amar
E ser também amado.
Por isso parar, pensar
Falar, cheirar e ouvir
Alguém se expressar,
É a melhor coisa que
A vida oferece aqui,
Sobretudo no Distrito,
Onde eu nasci, cresci
E desde a mocidade
Sou apaixonado sim,
Por esta boa Mulher
Que zela bem de mim,
Ainda eu sendo louco
De natureza, na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Ora, se eu fosse parar
Só um instante aqui,
Perceberia que tudo
Isto que eu já convivi,
Não passa de fantasia
Que engana a mente
E o inocente coração
Que existe na gente.
Então, o bom de tudo
Isto, é viver fazendo
O bem aos outros sim,
E os outros já vendo
Que a vida prossegue
E a gente vai ficando
Para trás, sobretudo
No cantinho baiano.
Por isso não considero
Nada meu na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Nosso pé de serra.
O que eu acho bom,
É que a minha vida
É de labor e almejo
Ao lado de D. Marisa.
Mas não rezingo não,
De nada no planeta
Intitulado Terra.
Pois na minha cabeça
Tem um encéfalo sim,
Que é muito louco,
Mas se eu fosse parar
E pensar um pouco,
Eu ficaria mais doido.
Então, deixo esta vida
Me levar como gosta
A Mulher, D. Marisa.
Eu não me preocupo
Com ditos dos outros,
Se a D. Marisa está
Ditosa com seu louco,
Não há algo melhor
Pra ela e nem pra mim,
Do que o nosso amor
Que tintim por tintim
Já atura mais de 34
Anos de convivência
Matrimonial na Terra
Onde a benevolência
Age com muito amor
Entre as nossas vidas,
Ora, de Mario Querino
E desta Sra. Marisa.
Então, não seria bom,
Eu parar aqui para
Um momento pensar,
Porque sou um cara
Com outra ideologia,
Não vou apregoar isto,
E viver aquilo que eu
Sei que é sim ilícito.
Então, quem me ama,
Me ame como eu sou,
Pois não vou mudar
Só porque não gostou
Do meu jeitão aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Nosso pé de serra.
Se D. Marisa é feliz
Vivendo comigo sim,
O que mais importa,
Se já chega meu fim?
Pra onde eu vou hoje
Em dia? Não fui novo,
Agora, já velho sairei?
Se achar ruim o povo,
Que ache, devo viver
Contente minha vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Ora, parar pra pensar
O quê? Se eu não vou
Mudar nada, a não
Ser, virá pó? Já estou
Cônscio de tudo isso,
Ninguém deve dizer:
“Você vai morrer sim.”
O que devo responder?
Somente isso: fiques
Para me sepultar sim,
Pois se eu ficar por
Último, acharei ruim
Sozinho neste mundo.
Porque a pior coisa é
O isolamento, por isso
Cuido desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Enquanto tê-la aqui,
Me sinto um cara feliz,
E derrotado se ela sair.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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