Quando o tempo dá
A boa oportunidade,
Devemos aproveitar
Com fé e alacridade.
Pois o tempo passa
E nunca mais voltará,
Se perdermos graça,
No futuro nos faltará.
E certamente, vamos
Altercar aqui na terra,
Meu cantinho baiano,
Meu bom pé de serra.
Alguém pode inquirir:
“Por que você rala
Sim, dia e noite aqui?”
Minha revide é clara,
Pois tenho que fazer
Alguma coisa na vida
Para melhor eu viver
Ao lado de D. Marisa.
Mas, alguém inquira
De novo para mim:
“Não é vida tranquila,
Desfrutar até o fim
De tudo que o tempo
Nos oferece na Terra?”
Qual o pensamento
No meu pé de serra,
Pra redarguir alguém
Que me perguntou?
Ora, outro não tem
Igual ao que chegou:
Quem diz que a vida
De alguém que não
Faz nada é tranquila,
Sobretudo no Chão?
Então, se o tempo
Já oferece algo bom,
Eu uso pensamentos
E não enterro o dom
Que Deus já me deu
Com muita precisão.
Por isso aproveito eu
Neste amado sertão,
Tudo que o Senhor
Possibilita para mim.
Ora, besta não sou,
Aproveito até o fim.
Nem que a vaca tussa,
Como dizia a prima,
Que agora me escuta,
Através destas rimas.
E aproveitando sim,
Este bom ensejo,
Tintim por tintim,
Observe com almejo
Minha prima Luciana,
Pois ela sempre dizia
No final da semana
Com muita ironia:
“Nem que a vaca tussa,
Eu não faço isso!”
A mente ainda escuta
Aqui em meu Distrito
Intitulado Bananeiras,
Onde nasci e cresci.
Por isso a vida inteira
Aproveito o dia aqui
Ou meu tempo sim.
Porém, ninguém vá
Pensar igual a mim,
Pois o chinelo perderá.
Mário Querino – Poeta de Deus
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