Sinceramente, eu parei
Para refletir melhor,
E me veio pensamento
Que me deixou sim, só
Em um canto parado,
Ora, sem mais alegria
Nesta Casa de Campo
Na Chácara Santa Maira.
Me chamou a atenção
O assunto sobre o Céu,
Que me traz a crença,
Mas tiro meu chapéu
Para quem vive aqui
Visando a Democracia
E Liberdade de todos,
Sobretudo neste dia.
Eu indago: Será que
O Céu é sim de fato,
Como ouço Pregador
Falando neste espaço,
Quer dizer, no planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra?
Pelo que eu vejo aqui,
No Céu não há vagas
Para mim e a Família,
Se aqui briga é criada,
Onde é preciso ralar,
Imagina lá no Céu
Onde tudo é glória!
Acha que eu, tabaréu,
Terei direito de vaga
Nesse Lugar suntuoso,
Onde já começa aqui
O afluxo entre o povo?
Sinceramente, estou
Fora desse teor à-toa,
Pois Jesus veio do Céu
E não falou às pessoas
Que o Céu era assim
Como pregadores falam,
Jesus disse que lá tem
Sim para todos vagas,
E por que há rivalidade
Aqui no planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra?
Acha que, como são
Pregadores briguentos,
Para verem repletos
De gente nos templos,
Têm a Teologia certa
Ou vinda da parte
Do Senhor meu Deus?
Que não seja destaque
O que eu vou falar,
Mas se houver outra
Teologia diferente,
Eu calo a minha boca,
Porém, antes indago:
Qual sentido da vida?
Qual futuro do corpo?
Você é gente sabida
E se acha inteligente,
Me explique outra
Maneira desta vida
E cale a minha boca
Com o seu argumento.
Pois o meu é este:
A gente nasce, cresce
E tem sim interesses
Próprios e coletivos,
Com toda razão sim,
Contudo, me mostre
Qual é o nosso fim,
Se não for esse que
Agora vou citar?
Nascemos, crescemos
E ralemos sim pra
Construir algo mais
E termos uma vida
Mais tranquila como
Tenho com D. Marisa.
Ora, depois ficaremos
Velhos para morrer,
Sem escapatória,
Se isso não acontecer
Na sua vida aqui, dê
Glórias sim a Deus,
Pois você é um santo
Mais puro que o seu
Filho Jesus Cristo,
Que veio ao Mundo,
Viveu e morreu sim,
Após desceu ao fundo,
Pra Ele poder reviver,
Subir ao Céu de novo
E ficar ao lado do Pai
A favor deste povo.
Porém, do jeito que
Eu ouço Pregador
Falando, não entrarei
No Céu do Senhor,
Alguém pode inquirir:
“Por que, Seu Mário?”
Por ter concorrência,
À caça de alto salário,
E eu não tenho gosto
Nessas coisas da Terra,
Sobretudo do Distrito,
Meu bom pé de serra,
Eu nasci, cresci e vivo
Para servir os outros.
Por isso eu sou visto
Como um cara louco,
E louco não vai não,
Brigar por uma vaga
No Céu, já é cônscio
Que Jesus guarda
Até chegar o tempo
Apontado por Deus,
Agora, vou trabalhar
Dia e noite, e o meu
Pequeno salário dar
Para muitos que não
Fazem quase nada,
E vivem de ostentação,
A ponto de caçoar
De mim, sendo pobre,
Ora, vá morar no Céu
Com amigos nobres,
E me deixe na terra
Até o Senhor Deus
Decidir meu destino,
Assim, já penso eu.
As últimas perguntas:
Você quer ver irmãos,
Filhos e parentes
Irem pro Céu? Eu não
Quero ver, espero sim,
Pelo cabível tempo.
Se você quer ver,
Pra que esse lamento
Ao ver 1 deles morrer,
Se para ir pro Céu,
Passa pelo processo,
Ainda que seja fiel?
Mário Querino – Poeta de
Deus
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