Ora, eu já vejo a vida
Hoje em dia, algo
Que me traz ledice
E me deixa animado
Na Chácara Santa Maria,
Onde eu vivo ditoso
Ao lado de D. Marisa,
Que para nosso povo
É uma simples Mulher,
Mas para mim é tudo
Que mereço na vida
Ainda sem um estudo,
Que lhe deixe exibida,
É uma pessoa especial
Que para mim não há
Outra Mulher igual.
Ora, estudando sim,
Sobre amor, paixão,
Romantismo e afeto,
Claro, o meu coração
Ficou realmente fora
De si, e achei implexa
Minha vida na Terra
Por eu ser um Poeta.
Isso aconteceu com
A Marisa ainda nova,
Quando me namorou.
Sua mãe, minha sogra,
Não achava não, isso
Ideal para sua filha,
Achava que o amor
Não faria maravilhas.
Pois eu era boêmio
Sonhador, e visava
Uma esposa ditosa,
E D. Marisa estava
Com apenas 15 anos,
Era uma menina boa,
Mas pobre, a ponto
De servir as pessoas
Carregando lata cheia
De água sim do rio,
Para encher os potes
Das pessoas com brio.
Ora, D. Marisa foi sim,
Humilhada na Terra,
Mormente no meu
Desejado pé de serra
Titulado Bananeiras.
Por isso sua mãe não
Aceitava o namoro,
De gosto do coração.
Ora, seu preconceito
Tentou então parar
Os nossos encontros
Que faziam aumentar
O nosso terno amor.
Mas como eu era sim,
Um boêmio repleto
De sonhos, pra mim
Tudo era complexo.
Certo dia a D. Marisa
Encheu um pote com
Bom gosto na lida,
Quando deu às costas
Para buscar mais água
No rio, para encher
Mais pote nessa casa,
A sua Patroa chegou
E inquiriu à criada:
“Marisa lavou o pote?”
E sem saber de nada,
A sua criada objetou:
“Não sei não, Patroa.”
Daí a Patroa derramou
A água numa boa,
Deixando esse recado:
“Mande lavar o pote
E encher novamente,
E pra você, boa sorte.”
Ora, todo esse labor
Pelo mesmo preço.
Daí quando D. Marisa
Ouviu, disse: “Mereço,
Tudo isso já faz parte
Desta minha vida.”
Mas como Deus ama
Gente como D. Marisa,
Quando a D. Marisa
Pegou a lavar o pote,
O pote se quebrou,
Em prol da sua sorte.
Senão, D. Marisa teria
Que enchê-lo de novo.
Pois quem trabalha,
Ainda muito nervoso
Deve com fé persistir
Em seu trabalho sim.
Mas dessa vez Deus
Fez esse pote ter fim,
Pra evitar D. Marisa
Enchê-lo novamente.
Ora, já foi humilhada
Sim, entre essa gente.
Contudo, após tudo
Isso, o nosso amor
Jovem, ia e voltava,
E persistia o sabor
Dos beijos trocados.
Certo dia enlouqueci,
Me internaram sim,
E daí então, eu perdi
A espera de D. Marisa,
Mas ela se aproximou
Com seu jeito simples
E de novo me aceitou
Porque o seu olhar
Não via essa loucura
Em minha mente,
Mas sim, a ternura
Que trago no coração
Votado para Deus,
O Deus que ela serve
E preparou sim, eu
Para ser seu afetuoso
Marido aqui na Terra
Mormente no meu
Querido pé de serra.
Então, quando Deus
Revela alguém na vida
De alguém que ama,
Assim como D. Marisa,
A tendência é criar
Um laço de amizade
Que nem a loucura,
Nem as dificuldades,
E nem as zombarias,
Quebram esse laço
Feito sim, por Deus.
Por isso tudo eu faço
Em prol de D. Marisa,
Mulher que sofreu
Trazendo lata d’água
Do Rio Aipim, e seu
Árduo labor não era
Reconhecido aqui,
Lugarejo onde eu
Nasci e sempre vivi
À procura dum amor
Que me desse vida
Repleta de alegria,
Encontrei D. Marisa
Para me fazer ditoso
E ter o meu coração.
Por isso hoje em dia,
Nosso Lar tem paixão
Romantismo e afeto,
E ainda sentimento,
Pois zelamos votos
Ditos no casamento.
Alguém pode inquirir:
“Por que D. Marisa
Se casou com louco?”
Creio que feliz da vida
D. Marisa objetaria:
“Porque o normal
Inteligente e sábio,
Não tem algo ideal,
Não tem dono certo,
É claro, até Satanás
Quer ser dono dele
Pelo que ele aqui faz.
Então, de bom gosto
Escolhi como louca,
Para ser meu amor
E não amor de outra.
Fique com o normal
Que você escolheu,
E deixe sim em paz
O doidinho que Deus
Acha que eu mereço.
Pois se ele é louco,
Sou louca e meia sim,
Vivo com bom gosto.”
Ora, o problema não
É a loucura da pessoa,
E sim, é querer ser
Sábio, e viver à-toa
Sem noção do que é
Veneno pra sua vida.
Pois sou louco, porém,
Reconheço D. Marisa
Como minha legítima
E única companheira
Que Deus me confiou
Aqui em Bananeirais.
Ora, jamais o normal
Acreditará que Deus
Abriu o Mar Vermelho
Para passar sim, seu
Povo que fugia sim
Do Egito, nem jamais
Acreditará que Deus
Livrou dos animais
Esfaimados o Daniel,
Não crerá que do fogo
Ardente, Deus salvou
3 caras entre o povo
Que sujeitara a servir
O rei Nabucodonosor,
Jamais vai acreditar
Que Deus já colocou
1 casal de cada animal
Terrestre numa Arca.
Então, só os loucos
Que têm essa graça
De usufruir na Terra
Essa grande loucura
Que faz o cara viver
Com amor e ternura
Ao lado da Mulher
Que lhe reconhece
Como o grande bem
Que na Terra merece.
Então, ser louco não
É nenhum problema,
Agora, ser um normal
Praticando sim cenas
Que envergonham
Os loucos da Terra,
Sobretudo do meu
Amado pé de serra,
É caso sim implexo.
E sendo assim eu
Prefiro seguir louco
Sempre amando Deus
E ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa,
Mulher que me deixa
Mais louco nesta vida.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário