domingo, 26 de novembro de 2023

ORA, É ENTRE LOUCURAS QUE O AMOR TEM BOM RESULTADO

 


 

Mário Querino 26/11/2023


Ora, eu já vejo a vida

Hoje em dia, algo

Que me traz ledice

E me deixa animado

 

Na Chácara Santa Maria,

Onde eu vivo ditoso

Ao lado de D. Marisa,

Que para nosso povo

 

É uma simples Mulher,

Mas para mim é tudo

Que mereço na vida

Ainda sem um estudo,

 

Que lhe deixe exibida,

É uma pessoa especial

Que para mim não há

Outra Mulher igual.

 

Ora, estudando sim,

Sobre amor, paixão,

Romantismo e afeto,

Claro, o meu coração

 

Ficou realmente fora

De si, e achei implexa

Minha vida na Terra

Por eu ser um Poeta.

 

Isso aconteceu com

A Marisa ainda nova,

Quando me namorou.

Sua mãe, minha sogra,

 

Não achava não, isso

Ideal para sua filha,

Achava que o amor

Não faria maravilhas.

 

Pois eu era boêmio

Sonhador, e visava

Uma esposa ditosa,

E D. Marisa estava

 

Com apenas 15 anos,

Era uma menina boa,

Mas pobre, a ponto

De servir as pessoas

 

Carregando lata cheia

De água sim do rio,

Para encher os potes

Das pessoas com brio.

 

Ora, D. Marisa foi sim,

Humilhada na Terra,

Mormente no meu

Desejado pé de serra

 

Titulado Bananeiras.

Por isso sua mãe não

Aceitava o namoro,

De gosto do coração.

 

Ora, seu preconceito

Tentou então parar

Os nossos encontros

Que faziam aumentar

 

O nosso terno amor.

Mas como eu era sim,

Um boêmio repleto

De sonhos, pra mim

 

Tudo era complexo.

Certo dia a D. Marisa

Encheu um pote com

Bom gosto na lida,

 

Quando deu às costas

Para buscar mais água

No rio, para encher

Mais pote nessa casa,

 

A sua Patroa chegou

E inquiriu à criada:

“Marisa lavou o pote?”

E sem saber de nada,

 

A sua criada objetou:

“Não sei não, Patroa.”

Daí a Patroa derramou

A água numa boa,

 

Deixando esse recado:

“Mande lavar o pote

E encher novamente,

E pra você, boa sorte.”

 

Ora, todo esse labor

Pelo mesmo preço.

Daí quando D. Marisa

Ouviu, disse: “Mereço,

 

Tudo isso já faz parte

Desta minha vida.”

Mas como Deus ama

Gente como D. Marisa,

 

Quando a D. Marisa

Pegou a lavar o pote,

O pote se quebrou,

Em prol da sua sorte.

 

Senão, D. Marisa teria

Que enchê-lo de novo.

Pois quem trabalha,

Ainda muito nervoso

 

Deve com fé persistir

Em seu trabalho sim.

Mas dessa vez Deus

Fez esse pote ter fim,

 

Pra evitar D. Marisa

Enchê-lo novamente.

Ora, já foi humilhada

Sim, entre essa gente.

 

Contudo, após tudo

Isso, o nosso amor

Jovem, ia e voltava,

E persistia o sabor

 

Dos beijos trocados.

Certo dia enlouqueci,

Me internaram sim,

E daí então, eu perdi

 

A espera de D. Marisa,

Mas ela se aproximou

Com seu jeito simples

E de novo me aceitou

 

Porque o seu olhar

Não via essa loucura

Em minha mente,

Mas sim, a ternura

 

Que trago no coração

Votado para Deus,

O Deus que ela serve

E preparou sim, eu

 

Para ser seu afetuoso

Marido aqui na Terra

Mormente no meu

Querido pé de serra.

 

Então, quando Deus

Revela alguém na vida

De alguém que ama,

Assim como D. Marisa,

 

A tendência é criar

Um laço de amizade

Que nem a loucura,

Nem as dificuldades,

 

E nem as zombarias,

Quebram esse laço

Feito sim, por Deus.

Por isso tudo eu faço

 

Em prol de D. Marisa,

Mulher que sofreu

Trazendo lata d’água

Do Rio Aipim, e seu

 

Árduo labor não era

Reconhecido aqui,

Lugarejo onde eu

Nasci e sempre vivi

 

À procura dum amor

Que me desse vida

Repleta de alegria,

Encontrei D. Marisa

 

Para me fazer ditoso

E ter o meu coração.

Por isso hoje em dia,

Nosso Lar tem paixão

 

Romantismo e afeto,

E ainda sentimento,

Pois zelamos votos

Ditos no casamento.

 

Alguém pode inquirir:

“Por que D. Marisa

Se casou com louco?”

Creio que feliz da vida

 

D. Marisa objetaria:

Porque o normal

Inteligente e sábio,

Não tem algo ideal,  

 

Não tem dono certo,

É claro, até Satanás  

Quer ser dono dele

Pelo que ele aqui faz.

 

Então, de bom gosto

Escolhi como louca,

Para ser meu amor

E não amor de outra.

 

Fique com o normal

Que você escolheu,

E deixe sim em paz

O doidinho que Deus

 

Acha que eu mereço.

Pois se ele é louco,

Sou louca e meia sim,

Vivo com bom gosto.”

 

Ora, o problema não

É a loucura da pessoa,

E sim, é querer ser

Sábio, e viver à-toa

 

Sem noção do que é

Veneno pra sua vida.

Pois sou louco, porém,

Reconheço D. Marisa

 

Como minha legítima

E única companheira

Que Deus me confiou

Aqui em Bananeirais.

 

Ora, jamais o normal

Acreditará que Deus

Abriu o Mar Vermelho

Para passar sim, seu

 

Povo que fugia sim

Do Egito, nem jamais

Acreditará que Deus

Livrou dos animais

 

Esfaimados o Daniel,

Não crerá que do fogo

Ardente, Deus salvou

3 caras entre o povo

 

Que sujeitara a servir

O rei Nabucodonosor,

Jamais vai acreditar

Que Deus já colocou

 

1 casal de cada animal

Terrestre numa Arca.

Então, só os loucos

Que têm essa graça

 

De usufruir na Terra

Essa grande loucura

Que faz o cara viver

Com amor e ternura

 

Ao lado da Mulher

Que lhe reconhece

Como o grande bem

Que na Terra merece.

 

Então, ser louco não

É nenhum problema,

Agora, ser um normal

Praticando sim cenas

 

Que envergonham

Os loucos da Terra,

Sobretudo do meu

Amado pé de serra,

 

É caso sim implexo.

E sendo assim eu

Prefiro seguir louco

Sempre amando Deus

 

E ao lado da Mulher

Intitulada D. Marisa,

Mulher que me deixa

Mais louco nesta vida.

 

Mário Querino – Poeta de Deus


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