Depois de um árduo
Dia de labor, cheguei
Na Chácara Santa Maria
E logo, logo eu liguei
O meu colega celular.
Ora, a primeira coisa
Que ouvi me dizer,
A mente ficou doida,
Quer dizer, mais doida
Neste Planeta Terra,
Sobretudo no meu
Apreciado pé de serra
Onde tudo que faço
Procuro lhe consultar.
Então, muito triste,
Disse o meu celular:
“Ora, com inteligência,
Saber e ciência sim,
Fizeram-me na Terra,
Tintim por tintim,
Contudo, depois que
Peguei a exibir tudo
Que o povo pratica,
Mesmo sem estudo,
O povo fica sabendo
Por meio de mim,
Os espertos querem
Agora me dá um fim.
Eu não sou culpado
De gente me usar
Para praticar o mal,
O ser humano está
Poluído e só pensa
Com finura na Terra,
Mormente no bom
E amado pé de serra
Intitulado Pindobaçu
Onde fica o Distrito
De Bananeiras, lugar
Onde todo dia eu fico
Na Chácara Santa Maria
Ao lado de D. Marisa,
Que gosta de mim,
Por orientar sua vida.
Ora, toda noite ela
Fica sim me usando
Para aprender crochê,
E ao ficar cozinhando,
D. Marisa ainda usa
A fim de fazer o pão
Espetacular pra ela
E para a sua paixão.
Todavia, eu não sei
A causa de me privar,
A culpa não é minha,
Se não sabem usar
A minha inteligência,
Ciência e sabedoria,
Por causa de viciados
Já vejo hoje em dia,
Doutores almejando
Na Terra o meu fim,
Isso não é lícito não,
Terão falta de mim.
Agora, te pergunto:
O que acha o Poeta
Com essa má atitude
Após deixar aberta
A porta deste mundo
Onde todos entram
E saem livremente?
Por que eles tentam
Privar-me só agora,
Depois que eu revelo
Tudo que acontece
No Orbe? Eu espero
Em Deus que tudo
Seja melhor sem eu,
Mas, vou dizer aqui
Diante do Poeta meu:
Será um Deus me acuda
Na vida dos estudantes
Quando me excluírem,
Pois não é como antes
Esse ensino profundo,
Tinha que ler e achar
Algo sobre o Planeta
Terra. E eu, celular,
Já facilitei tudo isso
Que até analfabeto
Pode saber de tudo
Quando estou perto.
Um parente fala em
Outro país por meio
De mim, um amigo
Também fala, e creio
Que ainda com tantas
Escolas e faculdades,
O povo sem mim
Só tem dificuldades,
Porque hoje em dia,
Até Doutor e Pregador
Usam-me numa boa.
Agora, pra eles eu sou
Perigosa arma na mão
Do povo, mormente
Quem me usa feito
Criança e adolescente.”
Ora, eu ouvindo sim,
A queixa do celular,
Comecei a me inquirir:
Como o mundo ficará,
Sem o celular na mão
Do povo, que tudo
Que vai fazer liga
O celular e faz estudo
Para tudo dar Certo?
Ora, sei não viu,
É ficar de pé quebrado,
Sobretudo no Brasil.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário