Ora, uma amizade
Religiosa é um perigo,
E se a gente vacilar
Fica enlouquecido.
Por que falas assim,
Ó Mário Querino?
Porque já fui vítima
No canto nordestino,
Quando ainda moço,
E ainda essa amizade
Entre essas pessoas
Tira a oportunidade
De ser bom Artista,
Ótimo profissional
Ou gente que pensa
Em amar o pessoal
Sem esse interesse
Próprio. Ora, já fui
Um cara “querido”,
Mas isso não influi
Por eu ser separado
Por ter enlouquecido
E perdido a amizade
Religiosa citada aqui
Neste vasto Planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no canto
De Bananeiras, terra
Onde nasci, cresci
E também ganhei
A amizade religiosa,
E no fim me lasquei.
Porque em verdade,
Em verdade é assim,
Que lá funciona,
Se a menina de mim
Gostar, e o pai não
Der permissão, tudo
Pode sim, continuar,
Mas é um absurdo,
Ela deixa por ordem
Do Pastor, numa boa.
E joga o seu amor
No lixo. E as pessoas
Ainda aconselhando,
Ela não quer saber
De manter o namoro
Com quem quer fazer
Uma Varoa bem feliz.
Se seus pais aceitam
E o Pastor não quiser,
A coisa ficará desfeita.
Daí o tempo passa
E tudo vira na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica Bananeiras,
Lugar onde eu nasci
E vivo a vida inteira
Ao lado da Mulher
Titulada D. Marisa,
Que me ama com fé
E cuida bem da vida.
As que obedeceram
Aos pastores, estão
Sim, hoje em dia,
Sem o meu coração.
Abjuraram o porvir
A paz, o amor, a alegria,
A gratidão e a lealdade
Por uma mera utopia
Que pastores exibem
Da boca pra fora.
Porque amor é algo
Que aparece na hora
Em que é renegado.
Mas encarando sim,
Essa vil loucura que
O Senhor deu a mim
Para provar o amor
Que tem D. Marisa
Por esse cara doido,
Mas ama esta vida
Que aufere no Orbe
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Querido pé de serra
Onde fica Bananeiras,
Lugar que todo dia
Fico com a D. Marisa
Na Chácara Santa Maira,
Que na ideia do povo
Já é sim, um paraíso
Onde com D. Marisa
Muito ditoso eu vivo.
E por que sou feliz?
Por deixar a amizade
Religiosa e procurei
Em espírito e verdade
Amar as pessoas. Hoje,
Todo mundo pode ser
Meu amigo de fé, sem
Olhar o modo de viver,
Pois todo mundo tem
Duas trilhas em todas
As áreas de sua vida,
Seja sábia ou doida,
A escolha é pessoal,
E eu não tenho não,
Nada a ver com isso,
Eu amo de coração
E respeito o seu jeito
De viver no Planeta.
Cada mundo tem,
De fato, sua cabeça.
Quer ter um paraíso?
Erga com fé em Deus,
Faça igual a esse cara,
E esse cara sou eu
Que vim da loucura
Sem a expectativa,
E faço meu paraíso
Ao lado de D. Marisa.
Quem me viu antes,
Eu digo, há 40 anos,
Pode até perguntar:
“E aquele cara baiano,
Já morreu? Por que
Eu não dava nada não,
Por aquele cara,
Ele era muito doidão.”
Agora, para quem
Fizer essa pergunta,
Se sinta muito feliz,
E nisso só assunta:
Esse cara sou eu,
Obviamente é sim!
Hoje, com D. Marisa
Construo um jardim
Que é um paraíso,
Que nem Eva e Adão,
Viveram nesse amor,
Lá teve a separação
Por se iludirem sim,
Pela fruta proibida,
Justamente por Deus,
E até aqui, D. Marisa
Não se iludiu não,
Pois ela tem temor
De Deus, e sempre
Teve grande pavor
De cobra. Então, dá
Pra gente ser feliz
Até o final das vidas
Que temos neste país
Titulado Brasil. Ora,
Só besta se ilude
Em ditame de cobra
Sim, se na juventude
Não se iludiu, agora,
Na velhice vai querer
Perder seu paraíso?
Isso é não saber viver.
Por que, ó Querino?
Porque perde o amor
Sim, pela sua Família,
E na regra do Pastor
Começa a ficar sim.
Então, uma amizade
Religiosa é perigosa
E destrói a felicidade.
Relato por que eu já
Fui vítima na Terra,
Principalmente aqui
No meu pé de serra
Titulado Bananeiras.
Já fui privado de ser
Um grande Artista,
Para algo melhor ter
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que encarou
A minha loucura
Por fé e muito amor.
Por isso hoje, eu faço
Para ela um paraíso
Onde já tem rosas,
Margaridas e sorrisos.
Vê! Amizade religiosa
Só nos traz prejuízo
E nos deixa longe
Do esperado paraíso.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Mas, como está escrito, ‘o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu’.” (1 Cor 2, 9)
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