terça-feira, 19 de março de 2013

CARECA NÃO DEVE VENDER REMÉDIO PARA COMBATER A CALVÍCIE

Poeta Mário Querino - Distrito de Bananeiras 19/03/2013



Um dia um careca chegou
À minha casa com remédio,
Pois era um bom vendedor
E me viu com muito tédio.


Mesmo assim me ofereceu
O seu bom remédio, claro,
Estava fazendo o labor seu,
Mas para falar me preparo.


Então eu perguntei ao cara:
Meu amigo, eu sou da roça,
E tenho uma sabedoria rara,
Comigo não há quem possa.


Você localizou um careca,
Que avalia tintim por tintim.
Este para você não presta,
E vai prestar para mim?


Vejo varão preconceituoso
Que possui grande riqueza,
E este remédio tão famoso
Não lhe dar uma certeza


De retornar seus cabelos?
Amigo, como vender algo
Antes de conhecer primeiro?
Eu te vejo assim tão calvo


E com esse remédio na mão.
Será que sou um ingênuo,
Não tenho uma boa visão
Ou acha que nada entendo?


Continue vendendo bem,
Não para mim meu amigo.
Preconceito o Poeta não tem
E está muito agradecido.


Mário Querino – Poeta de Deus 

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