Hoje um Agente de Saúde
Visitou a minha casa,
O mosquito perdeu a
virtude
E ficou com uma ira
danada.
O Agente de Saúde colocou
Veneno na água das caixas,
As larvas sentiram fedor
E perderam sua boa graça.
O mosquito se revoltou
E fez uma queixa ao Poeta,
Pois ele também aceitou
Fazerem uma coisa desta.
As larvas ficaram boiando,
Não suportaram o veneno,
O Agente ficou observando
As larvas morrendo.
O mosquito perguntou ao Poeta:
“Por que você permitiu isso?
Como se faz uma coisa
desta
Em seu amado Distrito?”
O Poeta assim lhe
respondeu:
“Eu não posso fazer nada,
É coisa do Governo meu,
Que manda envenenar a água.
O Agente diz que é
remédio,
Mas se fosse remédio amigo,
Por esse bom intermédio
Vocês ficariam fortalecidos.
Vou lhe contar um segredo,
Mas não vá dizer a
ninguém:
O produto é veneno mesmo
E com ele vocês não vão além.
Lamento muito mosquitinho,
Mas nada posso fazer,
Se eu não puser um
pouquinho,
O Governo me manda
prender.”
O mosquito disse: “Ah! É
assim?
Amigo, eu não sabia disso.
Você ficará contra mim,
Contudo vou agi no
Distrito.
E também em todo o país.
Sei, o povo colabora com
isso,
Deixa água onde eu sempre quis,
Não só o povo do Distrito,
Mas de todas as cidades.
O povo tem medo de mim,
Mas me acolhe com vontade
E eu adoro um povo assim!
Agora vamos agir diferente.
Vou contar o meu segredo,
Mas não conte a essa gente
Que de mim morre de medo:
Aproveitando o tempo
chuvoso
E a grande falta de
cuidado
Que tem este povo,
Ficaremos nos objetos
jogados
Com a sua boca para cima
E repletos de água boa.
Os agentes nem imaginam
O quanto um mosquito voa
Distante desse seu veneno.
Nós vamos nos fortalecer,
O Governo nem está sabendo
Que nós vamos lhe vencer.
Porque o povo é a favor
Da nossa boa procriação,
Ainda sendo contra o
Governador,
Nós vamos amedrontar a
nação.”
O Poeta disse: “Tem razão
mosquitinho,
O povo tem medo de você,
Mas sempre deixa um lugarzinho
Especial para você se
fortalecer.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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