Poeta Mário Querino 09/05/2013 |
Hoje amanheci pensando
Em minha querida vovó,
Que há anos mora no céu
E fico sem ao meu redor.
Vovó contava histórias,
Eu escutava bem atento.
Por isso agora sou Poeta
E tenho contentamento.
Um dia eu estava consigo
E alguém falou: “Vou de
casa”!
Vovó respondeu: “Vou de
fora”...
Eu sem entender comentava:
Vovó, por que vou de fora,
Se esse alguém quer
entrar?
Quer dizer que ele entra
E a Senhora lá fora vai
ficar?
Vovó não era mulher
letrada,
Pouco sabia escrever e ler,
Mas tinha uma boa educação
E tentou isso me
esclarecer.
Então vovó me falou assim:
“Quando estivermos em casa
E alguém chega à porta da
rua,
É um geste de gente
educada
Responder que já está
saindo
Para receber esse alguém.
Isso é uma educação da
gente
E Deus gosta disso também”.
Vovó tinha muita razão,
Pois quem em casa chegava
Dizia com fé: “Vou de casa”!
E às vezes batia palmas.
Agora o povo já é diferente,
Instala campainha e câmara
Para uma pessoa se revelar
Senão, é óbvio, se engana.
Quando dizia: “Vou de casa”!
E a pessoa respondia com
fé:
“Vou de fora, pode entrar”...
Então oferecia um bom
café.
Quando eu era um mocinho,
Passava a noite sem medo,
Ficávamos com portas
abetas,
Obviamente no maior
sossego.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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