Mário Querino - Poeta de Deus 19/07/2014 |
Certo homem tinha um filho
O qual tinha muitos amigos.
O pai lhe conduzia no trilho,
Mas ele ficava aborrecido.
Como seu pai estava vendo
Os bens indo de água abaixo,
Ao filho ficou então
dizendo:
“Filho, esses amigos... Acho
Que não são verdadeiros!
Você ao ficar sem o poder,
Quer dizer, sem o dinheiro
Eles vão abandonar você.”
O filho replicou: “Que
nada,
Eles são os meus amigos,
E me seguem nesta jornada,
Todos são bem-sucedidos.”
Daí o pai começou a pensar
O que fazer com o seu
filho
Que tudo era para estrafegar
E sua riqueza perdia o
brilho.
Então perguntou bem assim:
“Filho, quer conhecer amigos?
Preste bem atenção a mim,
Que você ficará
surpreendido.”
Mandou pegar um carneiro,
Matar e com o sangue se
sujar,
Ir à casa do amigo verdadeiro
E pra ele assim então
falar:
“Meu caro amigo, eu vim
aqui
Porque um cara eu matei
E para cá então eu fugi.”
O amigo disse: “Não aceitarei,
Vá procurar outro lugar
cara,
Aqui em casa não quero
você.”
Ele despediu cortando a fala,
Assim a todos ele foi conhecer.
Depois voltou a casa do
pai
E insatisfeito comentou
assim:
“É verdade! Nenhum foi
capaz
De dar uma palavra por
mim!"
O pai revelou uma verdadeira
Amizade ao filho constrangido,
Dizendo: “Vá desta maneira
À casa do meu grande amigo.
Diga que foi eu quem
mandei
Você ir até à casa dele,
filho,
E que depois lhe procurarei.”
O jovem tomou o seu trilho
E chegando lá comentou:
“Eu matei um cara e meu
pai
Para cá me mandou.”
O velho disse: “Daqui não sai,
Ninguém vai mexer com você.”
Depois disse: “Mulher me traz
Uma roupa e manda fazer
Um café para este bom rapaz.”
No outro dia o pai do jovem
Foi procurar o seu bom filho
Na casa do amigo, onde
pode
Encontrar fé, apego e
brilho.
Chegando lá perguntou assim:
“Aqui chegou um rapaz meu?”
O velho com júbilo sem fim
Olhando pra ele respondeu:
“Está aqui conosco, deixa
ele,
Precisa de algo mais amigo?”
O pai do rapaz disse: “Aquele
Sangue era um sangue
fingido,
O jovem não matou o cara.
Apenas mostrei o meu amigo,
Porque a boa amizade é
rara,
Ele estava acabando comigo.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário