Quando vamos fazer algo
De grande necessidade,
Visamos que os operários
Tenham muita habilidade
Para tudo andar rápido.
E a despesa ser curta.
E quando vamos realizar
Uma obra que é pública,
Já queremos passar sim,
Uma vida inteira lidando,
Sobretudo no Distrito,
Amado cantinho baiano.
Agora, eu indago assim:
Quando nós cobramos
Algo do Gestor público
Neste cantinho baiano,
Não deveríamos cobrar
Antes a nós mesmo?
Então, hoje queria saber
De todo este segredo.
Será que o pagamento
Do Setor Público é pior
Do que do Setor Privado,
Ou por que é melhor?
Será que a consciência
Não acusa nossas vidas
Que já sabendo de tudo,
Ficamos visando na lida
Para esse tempo passar
E nós auferirmos Grana
Durante um mês de lida,
Que custaria a semana?
Será que essa atitude
Não é uma putrefação
Em nossas vidas aqui
Sobre este bom Chão?
Por que cobramos sim,
De um Gestor por ser
Chefe sem habilidade,
Se o funcionário é você,
E pode ser eu também?
Então, antes de cobrar
Dum Gestor, faria bem
Com atenção observar
Quem “Cozinha Galo”,
Como dizia meu pai
Ao ver um trabalhador
Conversando demais
Num setor de trabalho.
É claro, um Professor
De Matemática jamais
Deve estar no seu setor
De trabalho, resenhando
Sobre os namorados
Que as alunas adquirem
Nas festas do povoado,
Pois é fora do contexto,
Matemática é convívio
Com números implexos
E pode tirar o sentido,
Por ser Ciência exata.
A minha mãe dizia assim:
“Cada macaco no seu galho.”
Quem trabalha até o fim
Com números, confunde
Alunos na comunicação,
Caso use outras ideias
Que não estão no padrão.
Eu falava muito do meu
Pai Antônio Pereira,
Porque antes de enfiar
Postes na cerca inteira
(Quer dizer, as puxadas,
Como conhecemos aqui
Ao fazermos uma cerca),
Já estendia o arame. Vi
Que meu pai tinha gosto
No trabalho que fazia.
Mas só hoje eu percebo
Que, o labor com alegria
Faz a gente esquecer
As dificuldades e sair
Para encarar o trabalho,
Que temos sempre aqui
Para ganharmos o pão
De cada dia na Terra,
Sobretudo em Bananeiras
Meu bom pé de serra.
É claro, quem trabalha
O Senhor Deus ajuda,
Som testemunha ocular,
E comento sem dúvida.
Agora, só não entendo
O motivo de servidor
“Cozinhar Galo” assim,
Como meu pai já falou
Quando via um servidor
Desanimado no espaço
Do trabalho com a foice
Debaixo do seu sovaco,
E ainda conversando até
Demais com os outros.
Por exemplo: uma roça
Tem a ver algum pouco
Sobre futebol europeu?
Não seria melhor falar
Quando estivesse sem
Fazer nada, ou ao parar
Para descansar depois
Do almoço? Então eu vi
Que meu pai tinha gosto
No trabalho, e descobri
Que ele conversava sim,
Contudo com a boca,
E não com as mãos,
Se parasse sereia pouca
A sua produção, e meu
Pai gostava de produzir,
Afinal de cotas, gerou 13
Filhos na minha mãe aqui...
Meu pai não perdia hora
Sentado nas calçadas
Falando de futebol,
Às vezes ele se assentava,
Porém para bate-papo
Com amigos que tinham
Os mesmos objetivos.
Isto vejo na vida minha,
Eu não gosto de perder
Tempo, porque o Tempo
É precioso para mim,
Sou como vela no vento,
Qualquer hora eu posso
Me apagar, e o que eu
Deixei no planeta Terra
Para filhos e netos meus?
Como não posso deixar
Fazendas nem Dinheiro,
Dou Sabedoria e exemplo
Bom o tempo inteiro.
Pois quem ama quer ver
Seus filhos, noras, netos,
Bisnetos e até a quarta
Geração com o sucesso.
Então, ainda que seja
Público nosso trabalho,
Não achemos que só é
Um quebra-galho
Para podermos passar
Apenas um chuva.
Isso não deve acontecer,
Ajo por amor, sem dúvida.
Seja num setor privado
Ou seja, no setor público,
Ou mesmo voluntário,
Em todos tenho custo.
Só não devo ficar aqui
Sem fazer nada, o sábio
Ocupa a mente, “Mente
Vazia é Oficina do Diabo”
A minha mãe Gildete
Já me dizia tudo isso.
Então, eu trabalho sim,
Em nome de Jesus Cristo.
Tem funcionário público
Que não quer fazer nada
No setor, e tira o couro
De servidor em sua casa.
Qual razão de ser assim?
Achas que Deus se sente
Ditoso com essa atitude
Que tem essa gente?
Mário Querino – Poeta de Deus
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