Quando contemplo
O espaço onde vivo,
Obviamente, sinto
Paz, amor e regozijo.
Às vezes eu choro,
Não é de tristeza,
E sim, de alacridade,
Por trazer a certeza
Que a vida é repleta
De altos e baixos,
E tudo que vem
Não passa de fatos.
Ora, se eu sofro aqui
É por minha culpa,
Se não fosse, eu não
Pediria desculpas
Aos irmãos, amigos
E aos conterrâneos,
Sobretudo os daqui
Do cantinho baiano,
E nem tampouco eu
Iria pedir ao Senhor
Das vidas, o perdão,
Se não tivesse rancor.
Então, ó gente boa,
No caso, quem deve
Pagar é quem errou,
Seja pesada ou leve
A cruz que merece.
Então, toda a minha
Dor é sim, por causa
De mim. Ora, tinha
Tudo para evitar sim,
E por falta de vigília
E oração, pratiquei
Algo ruim na trilha
Que tenho a seguir
Todo dia desta vida
Que viver na Terra
Ao lado de Marisa.
Então, não devo não,
Rezingar de nada,
Porque sou eu quem
Faço coisas erradas,
Coisas que poderiam
Ser evitadas na Terra,
Claro, em Bananeiras,
Meu bom pé de serra.
Então, se hoje choro,
Não é choro triste,
E sim, ledo pela vida
Que na Terra existe,
E eu tenho o direito
De viver feliz a vida
No vasto Universo
Com a Varoa Marisa.
Não há outra porção
Melhor nesta vida
Do que ficar na Terra
Ao lado de Marisa.
Porém, se algum dia,
A Marisa se decidir
Que não quer mais
Comigo a vida seguir,
A culpa não é dela,
E sim, é minha por
Não dar o merecido
Prazer ou meu amor.
Porque quem ama
Já visa ser também
Amado. Ora, se eu
Amar, pra mim vem
Também o amor.
Então, a minha vida
E a minha dor, não
Depende de Marisa,
E sim, do meu porte
Entre os amigos,
Parentes e patrícios
Na Terra onde vivo.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário