Um cara veio passear
No Estado da Bahia.
Ora, ele gostou tanto
Que voltar não queria.
Mas como deixou sim
A esposa em São Paulo,
Tinha por obrigação
Retrogradar, é claro,
Mesmo assim passou
Um tempo no Distrito
De Bananeiras, meu
Cantinho do Município
De Pindobaçu-Bahia.
Sabem que, quando
A saudade aperta sim
O cantinho baiano,
Ainda sendo a melhor
Parte do planeta Terra,
Precisa deixá-lo com
Graça que tem a serra
Que fica no poente
Se exibindo na boa
E atraindo sim, vidas
De todas as pessoas
Que nos visitam sim.
Então, chegou o dia
Do cara ir se embora,
Contudo, ficar queria.
Como notou obrigado,
Ir sem brincadeira,
Saiu na madrugada
Sim, de Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E vivo ditoso da vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Ora, quando pegou
A Pista asfaltada, boa
E livre, apertou o pé
E então, o carro voa,
É claro, eu não ia não,
Dentro desse Corolla,
Mas já fui informado
Que puxava 180 Km/h.
O cara ia louco sim,
De saudade da Mulher,
Ainda querendo ficar
Aqui. Daí corria até
Chegar em São Paulo,
Sem temer acidente,
Pois ficava em dúvida
O aforismo na mente.
Mas graças ao Senhor,
Que chegou em casa
Ditoso, vivo e salvo.
O Corolla na estrada
Deu o que podia dar,
O cara queria rever
A sua querida Mulher,
Então, almejou correr.
O cara estava louco,
Louco para ficar,
E doido para rever
A sua Mulher que lá
Ficou sim sozinha
Na grande cidade,
Como é São Paulo.
Então a velocidade
Já ia com a pressa
E a pressa podia
Levar sim o Corolla
Aonde não queria.
O cara puxava sim,
Na Pista 180 Km/h,
Isso não é certo,
Mas corria o Corolla
Pra levar o cara sim,
Ao amor da sua vida.
A viagem foi boa
Sim, e muita corrida
Até em São Paulo.
Ainda bem, o Corolla
Correu por natureza
E disposição 180 Km/h
Pela Pista entre Bahia
E São Paulo sim,
Esse motorista faz
Muito medo a mim.
Deus me livre, fazer
Uma viagem com ele.
Estou muito lento,
Não irei perto dele.
Mário Querino – Poeta de Deus
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