Ora, pra que já serve
O passado para mim
No meu bom Distrito
De Bananeiras sim?
Admito que pra nada,
A não ser, para viver
Sofrendo duas vezes.
Então, se eu esquecer,
Será a melhor coisa
Que Deus dá aqui
No planeta Terra,
Onde eu sempre vivi
O presente e penso
No futuro com ledice.
Ora, o passado só vai
Deixar a gente triste,
E é nada mais do que
O que o coração faz
Onde eu nasci e vivo
Deixando para trás
O que na vida se foi.
Agora me lanço sim
Para frente com fé,
E tintim por tintim
Observo minha vida
Neste planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E vivo com a Mulher
Que há 40 anos eu vi
Numa festa religiosa
Que aconteceu sim
Em 1982. Essa jovem
Via tintim por tintim
Os rapazes na Festa,
Daí se deparou sim,
Comigo e ficou toda
Apaixonada por mim,
Ora, eu era boêmio,
É óbvio, sonhador,
A Jovem Maria José
Confiou o seu amor
Em minha pessoa,
Ainda não era não,
Louco no Distrito,
Mas o seu coração
Amou com verdade
E expectativa sim.
Mas depois me veio
A loucura, pra mim
Saber, se realmente,
A Jovem Maria José
Tinha este amor
Que revelava com fé
Para com este cara.
Todas deixaram sim
O boêmio estático.
Maria José até o fim
Procurou me amar,
Ainda entre altos
E baixos e abusões,
Não saiu dos braços
Do boêmio sonhador.
Agora, após 40 anos,
Deus viu que Maria
José, está amando
Em espírito e verdade
O seu velho e louco,
Abre a porta do Céu
E com muito gosto
Derrama benção sim,
E avisa: “Não deixem
A simplicidade, vivam
Bem, não se queixem,
Porque o pior já foi,
E o que vier, já é sim,
Por causa da velhice,
Acreditem em Mim,
Pois dou inteligência
Ao louco e perturbo
O sábio. Por isso já
Façam seus estudos
E andem fiéis a Mim.”
Ora, o que me dará
O passado, se vivo
Só o presente? Vá
Quem quiser viver,
Porque eu tenho sim,
Muito o que ainda
Fazer até o meu fim.
Ora, afinal de contas,
Não sou nenhum baú
Para nutrir algo velho
Aqui em Pindobaçu.
Deus disse por meio
De São João Paulo II,
O Papa que ficou sim
Na Vida do Mundo:
“Não se preocupe
Com suas falhas,
No que tentou fazer.”
A gente se atrapalha
E faz sim besteiras.
O Papa quis ensinar:
“Mas no que ainda
É possível realizar?”
O Profeta Isaías disse
Inspirado por Deus,
Claro, pelos anos 740
A. C., e agora cito eu:
“Não deveis ficar
Lembrando as coisas
De outrora.” Então,
Eu seria gente doida
Se vivesse o passado,
Se tenho o que fazer
No presente aqui,
Com amor e prazer.
Profeta Isaías seguiu
Com sua Palavra sim,
Inspirada por Deus,
Que já chega a mim:
“Nem é preciso ter
Saudades das coisas
Do passado. Eis que
Estou fazendo coisas
Novas.” Há o adágio:
“Quem em um beco
Apanha duas vezes
É besta.” Não perco
O tempo remoendo
O meu passado não,
Porque o Apóstolo
Paulo já falou então:
“Esquecendo-me
Do que fica para trás.”
Então, faço isso sim,
Para não ver Satanás
Tentando me iludir.
E o Apóstolo Paulo
Prosseguiu falando
Para dar algo raro
Aos que não querem
Conviver feitos baús,
Neste planeta Terra,
Inclusive Pindobaçu:
“E avançando para
O que está adiante,
Corro em direção
À meta.” Ora, avante
Eu vou com muita
Alacridade, sem ter
Nenhuma saudade
Do que já fez sofrer
O meu corpo, alma
E também o espírito.
Então, eu já aprendi
Com Jesus Cristo:
“Quem me rejeitar
E não acolhe as minhas
Palavras, já tem quem
Vai julgá-lo.” Eu tinha
Muita paixão neste
Vasto planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
O amado pé de serra
Titulado Bananeiras.
Mas aprendi a viver
Melhor sim na Terra,
O que faço? Não ver
Pelo retrovisor não,
Mas pelo para-brisa.
Não sou contra quem
Remói coisas antigas,
Eu que não remoerei,
Pois quando eu era
Um boêmio fui sim
Rejeitado na Terra,
Imagina hoje, velho
E todo sem encanto.
E o que devo fazer
Viver feliz no canto
Com quem encarou
A minha loucura
No auge desta vida,
Que deu e dá ternura
Até o momento sim.
O que eu tenho mais
Aqui é a estratégia
Para driblar Satanás,
Que lançou traições
Sobre mim na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Amado pé de serra.
Mas como dei uma
Voltinha por cima,
O passado quer jogar
Algo e ver minha sina,
Novamente dentro
Do mais profundo
Poço que ainda está
Aberto no Mundo.
Agora, já sou cônscio,
Não sou mais boêmio,
Eu já usarei é piscina,
Que virá como Prêmio.
Então, aqui já está
Conceito nordestino,
E o passado já fique
Sem Mário Querino.
Mário Querino – Poeta de Deus
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