domingo, 4 de setembro de 2022

DEVEMOS POLICIAR AS PALAVRAS, AINDA SENDO POUCAS

 


 

Mário Querino 04/09/2022

Numa determinada

Área desta Terra,

Sobretudo no bom

E afável pé de serra,

 

Havia uma Família,

E nessa tinha sim

Um mortal querido

De todos, e no fim

 

Das contas, foi sim

Surpreendido. Ora,

A conversa não foi

Um tempo de hora,

 

E sim de minutos,

E durante o tempo

Da conversa deixou

Triste pensamento  

 

Na vida do mortal,

Que era um cara

Contente e alegre.

Porém, houve rara

 

Opinião na cabeça

Desse cara mortal.

Daí perdeu o gosto

Entre esse pessoal

 

Que antes era tudo

Nesta vida na Terra,

Sobretudo no bom

E afável pé de serra.

 

Então, para alguém

Destruir uma vida

De paz, amor, visão

E lance, não precisa

 

Usar diálogo longo

Não, um minutinho

De fala já faz o cara

Mudar o caminho.

 

Pois temos mente

Para capitar tudo

Com facilidade sim,

E fazendo o estudo

 

Sobre cada palavra,

Dá sim a entender,

Que não vale a pena

Ralar com prazer,

 

Pois no final só terá

Frustração na vida,

Isso eu já vi no viver

Da Mulher querida

 

Titulada Mãe Dedé,

Que ralava como

Uma louca na Terra

E seu marido, dono

 

De tudo, não dava

O conforto que ela

Merecia nesta vida,

Para ver da janela

 

O sol nascer, fulgir

E depois se pôr,

Ver a lua e estrelas

Com olhar de amor.

 

Então, por isso não,

Vale a pena ralar

Em hora e lugar sim

Errados, pois está

 

Entre olhar oposto.

E o que fazer agora,

Para viver melhor?

É olvidar o outrora

 

E olhar para o Céu

E agradecer a Deus,

Dizendo com fé sim:

“Pai, fiz o labor meu,

 

Diante de mortais

Que põem na orelha

Pulga que já suga

Uma coisa alheia,

 

Sobretudo sangue.

Então, vê onde eu

Cometi nesta Terra

Algo contra Deus,

 

Pra perder o gosto

De trabalhar sim,

E ficar sim doente,

Sem fé em mim

 

E nem nos outros,

Que sentiram dor,

Quando eu estava

No poço sem valor,

 

Onde um passava

E outro dizia assim

Para seus colegas:

'Fulano disse a mim

 

Que esse cara é sim

Louco, foi para São

Paulo a pé, KKKKKK.'

E o que esse irmão

 

Merece ouvir agora

Da minha boca?

Ora, somente isto:

Eu sou gente louca,

 

Mas passo a noite

Orando por você,

Não seja permitido

Esse enlouquecer

 

Que Deus permitiu

Na minha mente.

Porque eu aguentei,

E nem toda gente

 

Tem a capacidade

De tolerar o que eu

Já tolerei na Terra.

Então peço a Deus

 

Que essa loucura

Não chegue à você,

Como veio à mim,

Pra você não sofrer

 

A dor do descaso,

Do preconceito sim,

Como a D. Marisa

Sofreu por mim.

 

Será que a Mulher

Que vive contigo,

Tem o amor, cara,

Se ver enlouquecido

 

E ela se preocupar

Com a sua vida,

Como se preocupa

Aqui, a D. Marisa?

 

Então, a vida não é

Nossa, sempre vem

Notícia contragosto,

Por isso ninguém

 

Ache que o trabalho

Sempre vai trazer

Boa satisfação aqui,

Agora, por quê?

 

Porque quando é

Barato a coisa não

Atrai aqui na Terra,

E quando o irmão

 

Coloca o alto valor

A coisa muda sim.

Porém, tudo ficará

Ao chegar nosso fim.

 

Então, não precisa

Estender o diálogo

Ao querer destruir

Alguém já aplacado.

 

Mário Querino – Poeta de Deus

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