Meu sogro mandou
Eu fazer uma obra
Na sua casa, eu fui
Fazer, minha sogra
Estava querendo
Esse trabalho sim.
Ao findar, o sogro
Perguntou a mim:
“Quanto eu pagarei
Por seu bom labor?”
Daí eu lhe redargui:
Não é nada senhor.
Ora, a minha sogra
Ouvindo com gosto,
Disse para o marido:
“Põe a mão no bolso,
Paga sim o homem!”
Redargui com vigor:
Não é nada, senhora,
Eu quem devo favor,
Porque a senhora já
Carregou a D. Marisa
Sim, durante 9 meses
Dentro da barriga,
Seu Varão trabalhou
Debaixo de sol, chuva
E puxou enxada para
Manter, sem dúvida,
A D. Marisa desde
O dia em que nasceu
Até ela completar 22
Anos, depois me deu
Grátis. Ora, convidou
Parentes, amigos
E conterrâneos, pra
Festejarem comigo
No dia em que deu
Sua filha primogênita
Para mim. Isso é algo
Que a gente pensa
E reconhece no Orbe
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra.
Por isso eu não vou
Cobrar nada não,
Eu quem devo sim,
Fazer por obrigação.
Pois auferir de graça
Uma jovem no viver,
E ainda com festa,
É uma dádiva pra ter
Dentro do coração,
Tudo que meu sogro
Ou minha sogra ter
Danificado de novo,
Vou refazer com fé,
Regozijo e sim vigor,
Pois eles me deram
Sim, o grande amor
Da minha vida até
Aqui. Ora, não vejo
Motivo para lidar
Com esse desejo
De auferir dinheiro
Dos meus sogros
Por um trabalho,
Se precisar de novo,
Eu já estou pronto
Para ir novamente,
Pois eles me deram
D. Marisa contentes.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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