Não paro de fazer
Reflexão no Sistema
Que me traz deleite,
Mas tem problemas
Na convivência sim.
Pois após a loucura,
A minha concepção
Ficou mais segura,
E quando eu reflito
Sinto-me diferente,
Não sei se é saber
Ou é algo da mente.
Porém, eu fico sim,
Até meio alarmado,
Pois prefiro morrer,
Que decepcionado.
Por que, ó Querino?
A Morte extinguirá
Tudo de uma vez,
Se me decepcionar
Por motivo injusto,
Trarei nesta vida
Um procedimento
Contra a D. Marisa,
Isso não faz parte
Da minha natureza
Entre as pessoas
Que têm a nobreza
E direito de ter vida
Despreocupadas
Com minha mente
Por onde é passada.
Às vezes até penso
Que eu sofro assim
É por não aceitar
Algo ilícito ou ruim.
Mas ainda eu devo
Fazer parte de tudo
Que existe na Terra,
Mesmo o absurdo.
Eu não tenho como
Sair-me do Sistema,
Ele busca nos livrar,
Mas traz problemas.
Pois a gente carece
Fruir de tudo isso,
Saindo, não há graça
Neste meu Distrito
Titulado Bananeiras
Onde nasci, cresci
E paro no tempo
Para então refletir.
Mesmo assim, eu
Vacilo sim na boa,
E acabo ultrajando
Sim essas pessoas
Que estão ao redor.
Por isso reflito mais
Com cautela, para
Eu não perder a paz,
A minha liberdade
E o meu convívio
Que já tenho sim
Entre meus amigos
No vasto Planeta
Intitulado Terra
Mormente neste
Meu pé de serra.
Ora, se eu já reflito
E o medo de errar
Vem-me, imagina
Eu aqui sem pensar!
Ora, seria um cão
Veloz entre tocos,
Seria um “normal”
E não, assim louco.
Através da loucura,
Privo-me na Terra,
Principalmente
Neste pé de serra.
E o que fazer com
A minha natureza,
Se vivo deste jeito
Sim, com certeza?
Se eu só procuro
Sim a simplicidade
E algo que o Sistema
Dá-me à vontade?
É um dos motivos
Para eu viver assim,
Mas eu acho bom,
Tu podes achar ruim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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