Ora, hoje, depois sim
De um dia de labor,
Olhei para o que eu
Fiz e o coração falou:
“Cara! Fez tudo isso?
Que tal, parar agora
E dormir mais cedo,
Não mais zero hora?
Ora, o que realizou,
Já dá a entender
Que, já pelejou sim
Muito neste viver.
Então, hoje objete
Este meu indago:
Aonde vai chegar
Assim preocupado?
Eu sei que já lutou
Pra chegar até aqui,
Mas não seria bom
Se deitar e dormir?
Ora, já passa dos 60
Anos, acho que está
No tempo de parar,
E sim, se descansar,
Dormir mais cedo
E se acordar mais
Tarde, ganha sim,
Aqui alguns reais,
Dormindo apenas
4 horas, e ficando
20 horas na peleja?”
Então, eu pensando
No que o coração
Pensou a mente
Objetou por mim:
“Ora, como a gente
Vai fazer poesias,
Se o cara se deitar
Mais cedo e o sol
Vindo e lhe achar
Dormindo na cama?
Ora, o que objetar
Agora pro coração
E pra mente? Falar
Com sinceridade é
Muito bom, eu não
Ganho real na obra
Poética, a intuição
É mostrar ao povo
A beleza poética
E palavras bonitas
Nas horas certas
E também incertas.
Por isso que eu faço
Poesias voluntárias,
Neste meu espaço
Intitulado Distrito
De Bananeiras.
Então, já concordo
Sem brincadeira,
Com o meu coração.
Pois já estou velho,
Não chegarei mais
Aonde eu quero
Ou queria chegar
No Planeta Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Onde feliz eu vivo
Durante minha vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa.
A partir de amanhã
Já vou me levantar
Mais tarde e dormir
Mais cedo. Escutar
A voz do coração
É algo bom que faz
A gente ser ditoso
E viver bem mais.
A mente já pensa
Em fazer poesia,
E eu concordo sim
Na Chácara Santa Maria,
Mas quando tiver
Um tempo a gente
Faz poesia, mas vou
Me deitar contente
E me levantar feliz,
Bem mais tarde,
Pois eu não terei
Mais necessidade
De ficar atribulado,
Para mim nada vai
Adiantar correria,
Pois já estou velho,
E descanso aqui
Agora já quero.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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