Poeta Mário Querino |
Alguém adoeceu e logo foi
Levado ao Hospital Público,
Quando lá chegou tomou
No coração grande susto
Ao encontrarem sentados,
Enfermeiros e atendentes.
Ficou esperando na porta
Uns 10 minutos o paciente.
Por não ver a manifestação,
Procurou então saber:
“Ninguém está atendendo,
Para então me receber?”
Então, um manda o outro
Fazer a determinada ficha,
Enquanto isso o paciente
Ali em pé na porta fica.
Após o Enfermeiro conduz
Com a maior preguiça
Aquele pobre paciente,
Que na sala sentado fica.
Depois de alguns minutos
Aparece o Senhor Doutor,
E fica ali em pé na porta,
O paciente sentindo dor
E impaciente pergunta:
“É o Senhor que é o Médico?”
O Doutor respondeu: “Sou.”
E chegou para mais perto.
O Doutor tirou um celular
Do bolso e fez uma ligação.
O doente diz: “Estou com dor
E quero tomar uma injeção!”
O Doutor pega outro celular
E coloca sobre a sua mesa.
Fala com um no ouvido
E mexe no outro com leveza.
Depois responde ao paciente:
“É isso mesmo que vou passar.”
Então mandou o Enfermeiro
Uma Dipirona lhe aplicar.
O Enfermeiro com preguiça,
Perguntou ao paciente:
“Por que não veio mais cedo?”
Ora, mora longe o doente,
Não sabia se a tal da doença
Chegaria à alta madrugada.
Caso soubesse, faria
Uma consulta antecipada.
Então aquele Enfermeiro,
Aplicou com raiva a injeção
Na bunda do paciente
Para pagar a incomodação
Que todo doente faz
Com dever e direito.
Nenhum paciente deve
Ser atendido mal satisfeito.
Mário Querino – Poeta de Deus
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