Alguém perguntou a mim:
“Você canta repente?”
Então respondi assim:
A voz não é conveniente.
Porém, se você cantar
Escreverei um pouco
E você pode convidar
Alguém mais disposto.
Alguém disse: “Escreva
Que eu vou cantar
Nem que percebam
O meu certo desafinar.
Mas vou encarar sim.”
Então eu comecei
A escrever bem assim,
Como de fato eu sei:
A Natureza muito sofre,
Está chegando a morte
E ninguém dá atenção.
Cada qual tira o pedaço
Que lhe deixa, de fato,
Sem paz e satisfação.
Outros jogam seu lixo
Em ambiente ilícito
Sem nenhum receio.
Não vê que a Natureza
Sente muita tristeza
Com o entulho alheio.
Muitos derribam mata,
Assolam e não acham
Que tudo isso lhe arde.
Não vê que sentirá
Falta quando acabar.
A dor vem mais tarde.
Vejo gente destruindo,
Crendo está usufruindo
Do bom e do melhor.
Porém, não percebe
O mal que lhe persegue
Para lhe deixar na pior.
A Natureza sofre dor,
Ninguém ouve o clamor
Por sermos ingratos.
Mais tarde vamos ver
A Natureza morrer
Levando o nosso espaço.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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