Antônio Pereira da Silva,
é descendente de cearenses, pois seus avós vieram do Ceará, claro, trazendo seu
pai ainda criança para a região do Distrito de Bananeiras. Daí seu pai Raimundo
Pereira casou-se com Antônia que lhe deu 6 filhos, 5 homens e 1 mulher. Quando
Antônio já tinha 12 anos de idade, teve uma grande surpresa, sua mãe Antônia
que tinha saído para a roça na Grota João Pinto, sofreu um ataque cardíaco e acabou
morrendo. Como naquela época não tinha carro no Distrito de Bananeiras, para
buscar o corpo de Antônia, trouxeram numa rede para sepultar no Distrito de
Bananeiras.
Então Antônio, com apenas
12 anos de idade, ficou trabalhando com seu pai Raimundo, para manter a
sustentação dos irmãos que então, não tinham mais sua querida mamãe. Após um
tempo Raimundo arranjou uma namorada, com a qual se casou pela segunda vez,
deixando Antônio e seus irmãos aos cuidados da avó, que também sofria a dor de
um câncer. Porém, cuidava dos netos com muita precisão a ponto de Raimundo não
se preocupar com eles.
Antônio e seus irmãos, não
tiveram o direito de ir à Escola, aprenderam com pessoas que se dedicavam ao
ensino voluntário. Mesmo assim, Antônio aprendeu um pouco a escrever, ler e
contar. Quando Antônio completou seus 24 anos de idade, arranjou um casamento
com Gildete Querino da Silva, é óbvio, com muita dificuldade e discriminação da
parte da família de Gildete. Pois Gildete era considerada filha de proprietário
de fazenda com engenho.
Um dia Ramalho Querino da
Silva, ficou tão nervoso com seus parentes que todo dia queriam que ele
impedisse o casamento de sua filha Gildete com Antônio, que chamou a sua filha
Gildete a parte e perguntou: “Tu queres casar-se com Antônio Pereira?” Gildete
ficou vermelhinha e respondeu: “Quero sim, meu pai.” Então Ramalho falou: “De
fato, ele é um rapaz pobre, mas é muito trabalhador. Vamos marcar o casamento
para me ver livre desses comentários de seus parentes.”
Daí Antônio se casou com
Gildete e lhe deu 13 filhos, 2 foram morar com Deus logo ao nascer. Graças a
Deus que Antônio Pereira da Silva junto com sua esposa Gildete Querino da Silva
prosperou e educou seus 11 filhos trabalhando na roça e sem Escola apropriada,
como já temos no tempo atual. Gildete Querino da Silva faleceu com 77 anos de
vida e Antônio Pereira da Silva viveu 87 anos e descansou em paz, vendo seus
filhos já estabelecidos e seus netos formados em curso superior. Agora, só me
regozijar com as vidas e mortes de Antônio Pereira da Silva e de Gildete
Querino da Silva, que passaram muitas dificuldades na vida, porém, descansaram
em paz com Jesus Cristo. Amém.
Mário Antônio Querino da
Silva – Escritor de Cristo
Mário Antônio Queirno da Silva |
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