Mário Antônio Querino da Silva 18/12/2014 |
Agora quero relatar um
pouco sobre o Distrito de Bananeiras, que é um lugarejo com mais de 200 anos de
existência, porém, é um lugar que somente tem 12 ruas, incluindo a praça.
Quando eu era criança
tinha menos ruas, claro, sem pavimentação e sem boa estrutura. Até na Praça da
Igreja o mato invadia entre pedras e buracos, os animais pastavam entre as
pessoas, pois existia bastante grama e mato adequando para sua boa alimentação,
e quando o tempo era chuvoso os buracos ficavam repletos de água, onde os
animais bebiam com satisfação.
No meio da praça existia
um Barracão coberto de telhas de barro, onde eu e meus colegas brincávamos de
bola. Como era muito difícil de encontrar bola de couro, quem podia comprava
uma bola intitulada “Canarinho”, que era boa e muito bonita para o nosso tempo.
Também somente existia um grupo escolar, onde as professoras leigas ensinavam as
crianças até a 4ª Série do Ensino Fundamental I (Primário).
É óbvio, aprendíamos com
mais interesse, embora o estudo não era tão exigido no comércio o quanto está
sendo agora e será no porvir. A minha mãe contava que seu irmão saía de casa em
direção da escola, mas depois ele voltava e se escondia debaixo da cama até a
hora de regressar da escola.
Então a sua Professora
sentindo a sua falta, procurou a saber por que o menino não estava indo à
escola. D. Benta, a mãe do menino, chamou a atenção de seu filho que para a
escola ia todo dia e só chegava no horário determinado.
Então o menino quis se
justificar, e falou para D. Benta, sua mãe: “Seu José não é analfabeto? Ele não
já viveu mais de 80 anos? Por que eu não posso viver sem saber escrever e ler?”
Agora graças ao Senhor
Deus, que essa ideia já foi abolida da mente dos meninos de hoje. O Distrito de
Bananeiras já tem Creche, Escola e Colégio e ainda dá oportunidade para os
adolescentes seguirem avante.
Mário Antônio Querino da
Silva – Escritor de Cristo
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