sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

É CONVERSANDO QUE SE ENTENDE, DIZIA MINHA MÃE

Poeta Mário Querino 11/12/2015


Alguém andava pela rua
E um indivíduo abordou,
Fazendo a pergunta sua:
“Tem grana, meu senhor?”


Alguém rindo respondeu:
“Tem, meu grande amigo,
Só não tem no bolso meu,
Mas o Banco está sortido.”


O indivíduo falou assim:
“Mas lá não posso pegar.”
Alguém disse: “Mas de mim
Você jamais vai levar.”


O indivíduo lhe perguntou:
“Por que eu não levarei?
Passa a grana, por favor,
Sem ela eu não voltarei.”


Alguém continuou rindo
E assim falou com fé:
“Meu caro, estou sentindo
Que Jesus de Nazaré


Quer te dar algo melhor.”
O indivíduo assim falou
Contemplando ao redor:
“Quero a graça do senhor.


Passa para cá o dinheiro.”
Alguém disse: “Está no Banco.
Vá buscar meu companheiro,
Por que me exige tanto?”


O indivíduo desse: “O cartão?”
Alguém entregou bem frio.
O indivíduo prestou atenção,
Indagou: “O senhor é meu tio?”


Alguém disse: “Eu não sei.
De quem és filho, amigo?”
O indivíduo disse: “Do Fanei.”
Alguém disse: “Irmão querido!


Estás precisando de quanto?”
O indivíduo disse: “Meu tio,
Tenho o suficiente no Banco,
Tenha calma, fique frio.”


Depois disse: “Bênção tio...
Alguém disse: “Deus te dê sorte,
Tenha um caminho de brio
E procure ficar longe da morte.


Mário Querino – Poeta de Deus 

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