Poeta Mário Querino e D. Maria José 06/06/2019 |
Nos anos 80, eu era sim
Um jovem apaixonado,
Romântico e sentimental,
Amava e não era amado.
Como eu sempre gostei
De amar e ser amado,
Eu me aprofundava sim
Num amor apaixonado,
Romântico e sentimental.
Tudo que eu pensava,
Falava e também fazia
Era por amor da amada.
Porém, eu não era não,
Amado como eu queria.
Daí o tempo ia passando
E eu vivendo sem alegria,
A ponto de me indagar:
Por que amo tanto assim,
E ninguém quer retribuir
Esse amor para mim?
Meu amor era tão forte
Que fez eu enlouquecer,
Para eu perder o sentido
Da paixão no meu viver,
Do romantismo que eu
Gostava de demonstrar
Para uma pessoa amada
Que nunca quis me amar,
Do sentimento que tinha,
A ponto de chorar sim,
Pela forte dor no coração
Por fazer pouco de mim.
Daí, eu já enlouquecido,
Sem mais a esperança
De encontrar um amor
Almejado desde criança,
Fiquei muitos anos sim,
Excluído e na solidão,
Distante da sociedade
Separado dos “irmãos”
Que juravam me amar,
Mas na minha loucura
Eu fiquei descartado,
Pois não teria mais cura.
Claro, já sem esperança
De achar uma Mulher
Que amasse de verdade,
E aumentasse minha fé...
Eu andando pelas ruas
Do meu amado Distrito,
Na Festa de Setembro,
O olhar de Jesus Cristo
Fulgiu no olhar da jovem
Intitulada Maria José,
E ela se apaixonou sim,
E pôs em mim a sua fé,
Ainda ciente da loucura
Do meu intelecto
E do meu coração, ela
Bem feliz chegou perto
Para conversar comigo
E compartilhar seu amor.
Daí, eu já desconfiado,
Meu coração perguntou
Para mim mesmo assim:
Esta jovem me quer?
Quando eu era normal,
Apaixonado cheio de fé,
Romântico e sentimental,
Ninguém me quis,
Agora, essa jovem chega
Assim encantada e feliz?
Daí perguntei seu nome
E ela contente falou:
“Me chamo Maria José,
E tenho muito amor
Para te dar no Distrito.”
Então olhei no seu olhar
E lembrei do lindo casal
Que mãe gostava de falar:
“Maria e José, pais de
Jesus.”
E começamos a namorar,
Parentes e amigos ficaram
Espantados, quiseram tirar
Essa jovem da felicidade.
Mas a jovem me amava,
Ainda ciente da loucura
Que me acompanhava.
Uma tia minha lhe falou:
“Você está sabendo
Que fulano é um louco?”
A Jovem foi logo dizendo:
“Se a senhora tem olhos
Fracos vê tão profundo,
Imagina eu, com o olhar
Maior do que o mundo!”
Agora, já sou quase velho
E não tem mais como eu
Deixar D. Maria José,
Porque 31 anos já viveu
Do meu lado assim feliz,
Compartilhando o amor
E eu compartilhando
A loucura, e assim sou,
E assim ela é na terra
Intitulada Bananeiras.
Esta é a minha história
Do dia de quinta-feira.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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