A gente diz que é sim,
Inocente ao praticar
Algo errado já cônscio,
Mas, porém, pra mim
Não vejo dessa forma.
Pois o Espírito Santo
Já nos adverte quando
Algo é mal, no entanto,
Não abrimos mão não,
Ao ouvirmos a voz
Que já nos diz na hora
Em que algo para nós
Pode nos trazer dano.
Então, prosseguimos
Com o coração duro,
Mesmo assim ouvindo
A voz do Espírito Santo.
Mas quando acontecer,
Achamos que o Senhor
Não tem pena do viver
Que nos dá no planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Nosso bom pé de serra.
Na minha inteligência
Eu já percebo que até
Uma pessoa doida
Tem sim um medo, e é
Conhecedora do mal
Que faria na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Um dia conversei sim,
Com um cara doido,
Claro, ele dizia coisas
Com coisas, mas todo
Animado com a vida
Que lhe levava aqui
Neste mundo de Deus.
Ora, eu de tanto ouvi
As suas palavras sem
Nenhum sentido aqui
No planeta Terra,
Testá-lo eu logo defini.
Então, perguntei para
O doido assim: você
Tem coragem de cair
Neste rio cheio e descer
Nadando até ali, cara?
O doido me objetou:
“Sou doido, pra morrer?
Por que não cai o senhor,
E desce nadando até lá?”
Então, percebi que tudo
Que fazemos já somos
Cônscio sim, sobretudo
De algo que deu errado.
Porém, tendo na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Nosso bom pé de serra,
Coração e cabeça duros,
Não damos ouvidos
À voz do Espírito Santo,
Daí temos só prejuízo.
Por exemplo: eu tenho
Problema sério no corpo,
Sobretudo no estômago,
Mas trabalho feito louco,
Ainda sendo por prazer,
Eu faço algo demasiado.
Por isso eu quase morri,
Dessa noite de sábado
Até à tarde do domingo.
Mas será que eu não
Sabia que iria acontecer,
Por cabeça e coração
Duros que tenho aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra?
Ora, eu já estou velho,
E não preciso trabalhar
Tanto do jeito que eu
Lido, jamais vou enricar.
Quando eu era jovem,
Não obtive quase nada,
Agora depois de velho
Com as pernas cansadas,
Vou correr atrás disso
Ou daquilo? Se fiquei
Doente, porque eu quis,
Então, de nada reclamei.
E se eu morresse, seria
Eu o culpado, não a lida
Que preciso ter todo
Dia ao lado de Marisa.
Ora, devo fazer de tudo,
Mas nem tudo é mais
Pro meu corpo tolerar,
Assim, o Cemitério da Paz
Já me espera contente
Para eu permanecer sim,
Feito pó ao lado do povo
Que já foi antes de mim.
Então, se eu quiser viver
Mais uns dias de vida,
Eu devo ouvir a Mulher
Intitulada Marisa,
Já usada pelo Espírito
Santo, que me diz:
“Já temos casa, não é
Preciso correr no país
Pra aprontar essa casa
De campo na Chácara
Santa Maria.” Então,
Tudo isso com graça
Eu escuto da boca sim,
Da Mulher Marisa,
Mas coração e cabeça
Duros, eu sofro na vida.
Daí então, não me acho
Um inocente na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário