Eu estava roçando
O mato na Chácara
Santa Maria, alguém
Chegou com graça
E falou sobre a foice:
“Essa foice não é boa,
Boa é a que eu tenho,
Faz a obra e a pessoa
Não se cansa tanto,
Além disso, fica sim
O roçado bem-feito.”
Falei: traz para mim,
Se de fato, for melhor
Do que esta, eu vou
Comprar também
Uma, se meu Senhor
Me consentir. Então,
No dia ulterior o cara
Apareceu com a foice
Que idêntica é rara.
Então, estava ainda
Com uma roçadeira
Que todos conhecem
Sim, em Bananeiras,
Quando o cara chegou
Com a foice da Morte.
Daí ele experimentou
No mato mais forte
Sim, da Chácara Santa
Maria. Quando eu vi
O efeito que a foice
Fez, então falei aqui:
Se essa foice for sim,
Da Morte, é implexo,
Mas vou querer aqui.
Ele disse: “Empresto,
Só basta você querer.”
Daí eu comecei a rir
E falei firme ao cara:
Qual mato vai resistir,
Se com esta já estão
Todos me receando,
Imagina, com a foice
Da Morte, ó baianos
Que já me conhecem
Pessoalmente e por
Intermédio virtual!
Então, se meu Senhor
Me permitir, vou ter
Uma foice dessa,
Para nenhum mato
Querer me dar testa
Ou não dar o braço
A torcer, ainda forte
Que seja, derrubarei
Com a foice da Morte.
Até essa tal Covid-19,
Cairá nas unhas sim,
Da minha boa foice,
Que Deus dará a mim.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Cairão mil ao teu lado e dez mil à tua direita; mas nada
te poderá atingir.” Sl 91,7
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