quarta-feira, 16 de junho de 2021

OH! EU AQUI DANDO UM ALÔ PARA OS BANANEIRENSES QUE MORAM NO ESTADO DE SÃO PAULO

 


 

Mário Querino 16/06/2021

Ei! Bananeirenses que

Moram em São Paulo,

Ainda se lembram

De mim, Mário? Claro,

 

Quem não se recorda  

Da vida que eu passei

Por aí nos anos oitenta,

Quando louco cheguei

 

Na casa do Sr. Everaldo,

Filho da saudosa Glória,

Minha boa compatrícia

Que não sai da memória

 

Deste cara que chegou

Muito louco, e ela fez

De tudo pra me abrigar

E muitas, muitas vezes

 

Filhos, filhas, genros

Noras e toda sua Família

Que me acolheu bem,

Levando eu nas trilhas

 

Dos nosocômios com

Muito amor pela vida

Que Deus me dá aqui

Neste Planeta? Marisa

 

Já contemplando tudo

O que tive que sofrer

Neste planeta Terra,

Também quis acolher

 

Por amor a minha vida,

Encarando preconceito

Até da minha Família

Ao me ver desse jeito

 

E ela querer se casar

Com este cara louco.

Mas Marisa já amando

Com prazer e gosto

 

Quis se casar comigo.

Ora, eu além de louco,

Não tinha ocupação

Para ganhar um troco

 

E fazer feira da semana,

Como era de costume

O povo aqui fazer.

E sem nenhum ciúme,

 

Aludindo à casa dos pais,

Marisa por amor a mim,

Olhou nos meus olhos

E feliz confessou assim:

 

“Nem que a gente viva

Debaixo de uma árvore,

Vamos nos casar sim,

Você é o cara agradável

 

Ao meu olhar e coração,

Você é a minha vida.”

Então, abracei e beijei

A minha terna Marisa,

 

E até aqui, entre altos

E baixos, somos como

Jesus Cristo nos quer

Aqui: Sem sermos donos

 

Do próprio corpo, tudo

Que é meu é dela,

E o que for dela é meu.

Assim eu vivo com ela

 

E ela vive comigo sim.

Então, hoje eu quis dar

Um alô para parentes,

E patrícios, e sem ficar

 

De fora nenhum amigo

Que arranjei por lá.

Então, quem acha que

Já morri ou a vida está

 

Muita louca no planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra,

 

Já vive completamente

Enganado, olha eu aqui,

Com carinha de jovem,

Como que eu nasci

 

Há pouco tempo aqui

Na terra de Bananeiras.

Então, eu lembro sim,

De vocês a vida inteira.

 

Me lembro de Jacinto,

Roniwalter Jatobá,

Manoel Mota, Elisiário

E muitos que vivem lá

 

No Estado de São Paulo,

Me lembro das polícias

Que me torturaram sim,

Mas em mim não fica

 

Nenhum ressentimento,

Pois minha mente tem

Muito o que pensar,

E o coração também

 

O que muito acolher,

É claro, o que faz bem

A minha vida e Família,

Então, já digo também

 

Que estou amando sim,

A mulher da minha vida,

E todo mundo já sabe

Que é a D. Marisa.

 

E ouvindo Pe. Zezinho,

Tomando chá de canela,

Escrevendo esta poesia

Me lembrando daquela

 

Vida que eu já passei,

E ao Senhor, dou glória

Por tudo que já sofri

Para hoje, ter a vitória.

 

Mário Querino – Poeta de Deus     



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