Quando eu era jovem
E conversava ditoso
Sim, com mãe Gildete,
Ela dizia ditos do povo
Pra poder me advertir
Neste vasto Planeta,
Onde eu nasci e cresci
Sem esquentar cabeça
Com nada do mundo.
Ora, minha mãe dizia:
“Filho, você faça o pé
De meia, e ao vir o dia
Em que não der mais
Para lidar, já ter roupa
Calçado, tópico e ter
Sossego, sem a louca
Correria que a gente
Sempre tem na vida.”
Mas estive notando
Que a mãe de Marisa
Extrapolou na dose
De alusões que deu
Sim a ela, como mãe
Também quis que eu
Fizesse o pé de meia.
Enquanto mãe pedia
Para eu fazer um pé
De meia, D. Mira via
Que um pé de meia
Para a sua filha era
Pouco, ela merece
Viver feliz na Terra.
Então, pediu para ela
Fazer dois pés de meia.
Assim, Marisa já vive
Sem visar coisa alheia,
Pois ouviu conselhos
Que a sua mãe Mira
Lhe deu na mocidade.
Ora, o Poeta se inspira
No fato ocorrido sim,
Porque tudo está indo
Bem com pés de meia
De Seu Mário Querino
E de D. Marisa. Já são
Três pés de meia sim,
O meu e os de Marisa
Que tintim por tintim
Juntamos muito bem,
E até aqui está dando
Certo, glórias a Deus.
E no cantinho baiano
Sempre trabalhamos
Com amor e por amor
As obras que fazemos
Em nome do Senhor.
Então, hoje, faz bem
A Marisa por ter dois
Pés de meia, pra viver
Ditosa hoje e depois.
A mãe de Marisa
Aconselhou-lhe bem,
Pois agora dois pés
De meia ela já tem
Pra juntar com o meu
Que D. Gildete pediu
Pra mim fazer aqui
No cantinho do Brasil.
Se Marisa não fizesse
Os seus pés de meia,
E eu não fizesse o meu,
Visaríamos coisa alheia.
Mário Querino – Poeta de Deus
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