Na praça do Distrito
De Bananeiras estava
Eu fazendo limpeza,
Um senhor passava
E me via nesse setor.
Daí ele gritou assim:
“Grande Poeta Mário
Querino, até o fim
Estamos misturados.”
Eu usei o pensamento
E falei: misturado sim,
Igual pouco fermento
Num bocado de massa.
Daí o senhor objetou:
“Igual a cédula de 20,
Que perde o seu valor
Se dividir.” Daí eu falei:
E se emendar fica feia,
E ninguém acha bonita,
Nem nas mãos alheias.
Então, eu quero relatar
Que, este texto poético
É feito baseado na ideia
Do Keu da Ná. É certo
Que nada nos vem por
Acaso. Sempre tem sim,
Um motivo pra gente
Cogitar: “Isto é pra mim,
Ó cara? Mas é assim
Mesmo, a gente brinca
Para passar o tempo,
Contudo, agora sinta
Que brincadeira é sim,
Apenas brincadeira.
Porém, gosto de ser
Cordato em Bananeiras.
Porque quando está
No planeta Terra
Misturado, a coisa é
Outra no pé de serra,
Meu querido lugarejo.
Então, eu falei pro Keu:
Vou redigir sobre isso,
Se aceitar o Pai do Céu.
Mas já convido ao Keu
Para darmos glórias
Ao Senhor nosso Deus,
Que inspirou a história
Que tinha prometido.
Então, está aqui sim,
A vantagem de eu ser
Gari. Pois junto a mim
Estão os lixos que eu
Devo pegá-los e jogar
Longe, bem distante
Do nosso amado lugar.
Obrigado Sr. Keu, por
Ser meu bom ouvinte,
E misturado como
Fermento e nota de 20.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário