Hoje, após vigília e oração,
Me veio as lembranças
Da minha adolescência
Que me deu a esperança
De hoje eu ser o Poeta
Que desde a mocidade
Escreve versos de alma,
Espírito, e na verdade,
De todo o coração sim.
Então, ouvindo o Cantor
Amado Batista, ditoso
O meu coração pulou
Sim, de regozijo agora,
Pois me lembrei bem
Dos meus bons amigos,
Intitulados Nem,
É claro, Nem da Dadá,
Pois eram gêmeos sim,
E moravam bem perto,
Ora, vizinhos de mim.
E na nossa mocidade,
Eu e eles colocávamos
Cadeiras na calçada
E na porta cantávamos
Com muita satisfação
E uma paixão pura
Já saída do fundo sim,
Do coração que pula
Ainda de alacridade
Ao recordar do tempo
Da juventude que vivi
Com contentamento
E após paguei o preço
Que eu tive que pagar
Por um amor que hoje
Só vive para me amar.
Por isso amar me faz
Muito bem na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom de serra.
É óbvio, a era se vai
Sim, sem dó da gente,
E não devemos sofrer
Por algo de antigamente,
Coisa que não voltará
Jamais nesta vida.
Então, procuro ser feliz
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que me tirou
Da loucura imprevista.
Por isso recordo sim,
Ouvindo Amado Batista.
Não acho que seja não,
Pecado, pois Deus já
Sabe que sou tão assim,
Apaixonado, e mudar
Ninguém vai durante
Esta minha vida.
Quando me conheceu
Esta Mulher Marisa,
Eu já tinha ar de louco,
Romântico, apaixonado
E sentimental. Então,
Só vive ao meu lado
Quem ama a loucura
Que provoca o amor
Castiço e sincero aqui
Onde ainda eu estou
Vivendo ditoso ou feliz
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E paguei alto preço
Para na vida conseguir
Este puro e sincero
Amor que Deus me dá
Para cuidar de mim,
Sem medo de encarar
Este cara tão louco.
Por isso hoje eu liguei
O computador ditoso
E Amado Batista convidei
Para cantar pra mim
Neste dia de sábado,
Obviamente, na aurora
Ainda tudo parado.
Porém, Amado Batista,
Está sendo meu Cantor
Desta madrugada sim,
E baixo ouvindo estou
Para não incomodar
Meus ternos vizinhos.
Sobretudo a Igreja,
Dos meus amiguinhos
Do tempo da infância,
Onde brincávamos sim,
E brigávamos também,
Pois sempre fui ruim,
Para fazer amizade.
Pois nunca gostei não,
De camuflagem aqui,
Sempre amei a retidão,
E tinha amigo que não
Aceitava como eu era
Aqui em Bananeiras,
Meu bom pé de serra.
Daí a gente se intricava
No tapa, mas depois
A gente se acalmava
E brincava de carro-de-boi,
Pião, gude, ferrinho,
E tudo mais na vida.
E só quem me acalmou
Aqui, foi a D. Marisa.
Que até acho que sou
Menos louco que ela.
E mãe dizia: “O Testo
Procura a sua panela.”
Então, somos 2 doidos,
Que Deus uniu na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Nosso bom pé de serra.
Ora, ouvindo de coração
O Cantor Amado Batista,
A alma e o espírito
Com alacridade ficam.
D. Marisa, ainda está
No 3º sono, se tiver sim,
Esse 3º sono pra ela,
Sei, não tem para mim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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