Quanto mais a gente
Acha a vida boa aqui
No planeta Terra,
A vida tenta se sair
Do nosso bom corpo.
Quem ama a vida sim,
Mais do que o predito,
Terá um implexo fim.
Alguém pode indagar:
“Então, sendo assim,
Não devemos amar
A vida até o seu fim?”
Obviamente, a vida
É para ser vivida sim,
Porém, devemos ter
Noção que o seu fim
É imprescindível, não
Adianta apelar para
Deus dar uma chance.
Ora, já sou um cara
Que amo minha vida,
Porém, não sou dono
Deste meu bom viver,
Claro, sou mordomo,
Como minhas ideias
Loucas acham sim,
Que eu sou na Terra
Um cara não tão ruim,
Mas também não sou
Assim tão bonzinho.
Se alguém acha que
Sou, siga o caminho
Que estou seguindo.
Daí então, verá sim,
Que esta minha vida
É entregue até o fim
À Morte. Pois dessa
Eu não tenho não,
Escapatória, sempre
Devo andar, ó irmão,
Com um olho aberto
E o outro fechado,
Pra quando cochilar,
Um esteja animado.
Então, amar a vida é
Algo bom, mas demais,
A vida faz a gente ser
Um cara incapaz
De encarar problemas
Que sempre brotam
No caminho da gente,
E a gente não suporta.
Porque não suportar?
Por receio de perder
A vida que de qualquer
Maneira vai morrer.
Então, amar a vida é
Coisa muito boa,
Contudo, não devo
Me apegar a pessoa,
Pois como uma vela
No vento, sou na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Onde convivo ditoso
Com a minha boa vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada Marisa.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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