Quantas coisas boas
Obtenho nesta vida,
Mas o tempo é curto
E espero despedida!
Então, passei tempo
Durante a juventude
À-toa sim, e usando
Algo contra a saúde.
Daí eu dei uma volta
Por cima e a vida
Tem sim um sentido,
Contudo, já poluída,
E não durará tempo
Para eu fruir melhor.
E o que já acontece?
Simplesmente ser pó.
Ora, a vida deve ficar
Com quem sabe viver,
Senão passa o tempo
No planeta sem ter
Nenhum sentido não,
E isto é ruim pra vida.
Agora, eu apaixonado
De alma por D. Marisa,
Vejo que meu tempo
Cada dia está ficando
Curto e o nosso amor
Fica então esperando
A qualquer momento
A eterna separação.
Então me indago sim:
Por que meu coração
Não se apaixonou sim,
Antes por D. Marisa?
Por que somente hoje,
No meu final de vida
Que tenho no planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de terra
Onde o meu coração
Reconheceu o amor
Que há por D. Marisa?
Por que o tempo voou
E não me dei conta
Desta grande paixão?
Ora, agora já é tarde,
E encarar a separação
Irei, ainda tendo amor
Por esta minha vida,
Que já voltará ao pó
E não verá D. Marisa.
Quando eu era jovem,
Tentei me apaixonar,
Mas achava que vida
De paixão neste lugar
Me perdia. Daí então,
Enlouqueci e o tempo
Meu foi sem D. Marisa.
Ora, não vale lamento
Pois minha mãe dizia:
“Não adianta chorar
Pelo leite derramado.”
E no meu bom lugar
Perdi meu tempo sim,
Sem ter a D. Marisa,
Para conter por amor
A minha alienada vida.
Então já tento olvidar
Todo o meu passado,
Para poder viver mais
Com D. Marisa ao lado.
Porque se eu abaixar
A cabeça nesta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Perderei mais tempo.
Então vou aproveitar
O resto de tempo com
D. Marisa, e vou amar
Como nunca eu amei
Durante a minha vida.
Cada dia que se passa
Fica perto a despedida,
E deve doer muito sim
A pancada no coração.
Pois não há dor maior
Do que a separação.
Jesus Cristo suportou
Tudo que faziam sim
Com Ele aqui na Terra,
Mas Ele gritou assim:
“Meu Deus, meu Deus,
Por que me abandonaste?”
Por que só nessa hora
Jesus gritou? Ora, ache
Ruim quem achar aqui,
Mas a separação é sim
A maior dor que existe.
Por isso Jesus assim
Gritou, pois Deus saiu
Da sua presença e Ele
Se achou como homem,
E o afastamento d’Ele
Da presença de Deus,
Causou a mais forte
Dor durante sua vida,
A separação ou morte.
Por isso a vida nos dá
Um tempo bem curto,
E a gente não quer não,
Parar somente 1 minuto
Para pensar que a vida
É preciosa na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E devo amar, amar...
A Mulher que conheci
Na minha mocidade.
Pois a vida é de altos
E baixos, e sem amor
Não fica, assim eu acho.
Por isso eu pergunto:
Por que só hoje a vida
Me deixa apaixonado
Pela Mulher, D. Marisa?
Esta paixão eu queria
Ter durante a infância,
Pois conheci D. Marisa
Sem ter a lembrança
De quando ela ainda
Era menina. Só após
Seus 15 anos de vida
Que o amor entre nós
Agiu com profundez.
Por isso perdi tempo
Vivendo só de ilusão,
E agora, o pensamento
Quer saber por que eu
Não conheci D. Marisa
Na infância, e a paixão
Só vem no fim da vida?
E o que eu vou fazer
Para eu viver melhor?
Obviamente, nada não,
Porque vou virar pó,
E nunca mais verei não,
Minha mulher querida
Neste pé de serra,
Onde amo D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
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