sábado, 18 de fevereiro de 2023

O TRABALHO DAR VIDA SAUDÁVEL OU MATA?

 


 

Mário Querino 18/02/2023

Alguém falou sim:

“Morrerá de ralar,

Não para um dia,

Cara, e descansar!”

 

O que falar eu vou?

Só quem descansa,

É quem está abatido,

E na Chácara Santa

 

Maria, eu ainda

Estou tendo o vigor

Para trabalhar sim,

Com fé, paz e amor.

 

Agora, eu pergunto:

Acha que trabalho

Já matou alguém?

Eu aqui até falho,

 

E me sinto doente,

Porém é pela idade

Que tudo dói sim,

Esta é a realidade.

 

Se o trabalho fosse

A sinistra Morte,

Ninguém morreria

E seríamos fortes

 

Neste largo planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Onde eu luto com fé,

Paz e muito vigor

Ao lado de D. Marisa,

Meu grande amor.

 

Agora, fique ciente

Que meu pai ficou

Sem mãe aos 12

Anos, e trabalhou

 

Para ver os irmãos

Vivos nesta Terra,

De Bananeiras sim,

Amado pé de serra.

 

Seu pai Raimundo

Se casou com outra

E os filhos ficaram

Nesta vida louca

 

E foram morar sim,

Com a sua avó.

E nessa era a vida

Era de fazer dó,

 

Pois não tinha não,

Esta aposentadoria.

Então, meu pai era

Forçado ir todo dia

 

Trabalhar na roça.

Aos 24 anos, ele quis

Se casar, se casou

E viveu muito feliz

 

Com a minha mãe,

Que até gerou sim,

7 filhos e 4 filhas,

E dando para mim

 

O oitavo lugar sim.

Ora, meu pai ralou

Até aos 87 anos,

E Deus o chamou

 

No dia em que ele

Na roça fazia cerca.

Ora, após o almoço

Deu na sua cabeça

 

Almejo de se sentar  

Na praça do Distrito

Para conversar com

Amigos. Após disso,

 

Ele foi mudar sim

O cavalo de pasto,

Para no outro dia

Ser melhor, de fato,

 

Ele pegar o cavalo

Para viajar e olhar

O seu gado na roça

Em outro lugar.

 

Porém, às 18 horas,

Estava morto sim

Dentro do pasto,

Jogado no capim.

 

Durante a sua vida

De labor desde 12

Anos de idade sim,

Meu pai ainda pôde

 

Chegar aos 87 anos,

E deixou para nós

Patrimônio bom.

Ora, não ouço voz

 

De quem diz que

O trabalho mata.

Eu sei, quem mata

É a preguiça. Acha

 

Ruim eu falar isto,

Que ache, mas sou

Cônscio de tudo,

Graças ao Senhor,

 

Que já disse aqui

No planeta Terra

O que eu já vi e li

Neste pé de serra:

 

“Feliz do servo que

O senhor, ao chegar,

Encontrar agindo

Assim.” O trabalhar

 

Faz parte desta vida.

“Quem não quer

Trabalhar, também

Não coma.” Tem fé?

 

Não está cansando?

Por que cruzar sim

Os seus braços aqui

E ficar vendo o fim

 

Das coisas por falta

Da sua coragem?

Se alce e se ponha

À lida com vontade!

 

Trabalho dia e noite,

Noite e dia

Em nossa Chácara

Santa Maria

 

E na Firma Prefeitura.

É obvio, não viso

Muito dinheiro não,

Ralo com o objetivo

 

De ver tudo bom

E bonito na Terra,

Inclusive no Distrito,

Amado pé de serra.

 

“Ande preguiçoso,

Olhe a formiga,

Observe os hábitos

Delas.” Ora, a vida

 

Era sida sem labor,

Por desobediência

Temos que trabalhar

Com a consciência

 

Do nosso pecado.

Então, devemos sim,

Obter o pão ralando

Cônscios até o fim.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

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