Alguém inquiriu isto:
“Amor na mocidade
É mais forte do que
Na terceira idade?”
O que eu responder
Dentro da realidade
No mundo moderno?
Só isso: Em verdade,
Há grande diferença,
Amor da mocidade
Do amor entre sim,
A terceira idade.
Você pode indagar:
“Qual essa diferença
Que acha que tem?
Diga o que pensa
Sobre esse assunto.”
Ora, quando o amor
Age entre o namoro
Criado ainda na flor
Da idade é sim mais
Apaixonado, e claro,
Mais romântico sim,
De sentimento raro.
Mas quando chega
A terceira idade,
A coisa já muda sim,
Porque a amizade
Entre filhos e netos,
Supera a do velho
Ou da velha que não
Brilha mais. Eu quero
Brilhar, e D. Marisa
Se dedica mais sim,
Aos filhos e netos
Aqui do que a mim.
E o que devo fazer?
Engolir tudo calado,
Sair do romantismo
Não ser apaixonado
E ficar somente com
Este tal sentimento.
Então o amor jovem
É mais forte, penso
Eu na Chácara Santa
Maria, onde a vida
Segue com sentido
Entre eu e D. Marisa.
Porém o amor é sim,
Mais votado para
Os filhos e netos,
E eu fico feito o cara
Que é apaixonado,
Sensível e romântico,
E no final das conatas,
Fico sozinho no canto.
Porém, isso faz parte
Desta vida na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Querido pé de serra.
Ora, mesmo assim,
Me sinto feliz da vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa.
Quem achar que vai
Ter amor na velhice,
Mude logo de ideia,
Porque tudo é triste
Comparando a Era
Da juventude sim,
Se redigir algo fora
Do real, venha a mim
Pessoalmente, que
Eu esclareço melhor,
Pois a terceira idade
Só exibe o que faz dó.
Dói aqui, dói acolá,
De tudo não come,
Precisa ter mingau,
É mudado o nome
De Mário pra Velho
Mário, e assim por
Diante. Ora, a frase
“Meu grande amor”.
Hoje, foi substituída
Pra "querido velho",
Porém, ser velhinho
Sim, eu ainda quero.
Porque é melhor sim,
Um velho com vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa
Do que ser um jovem
Morto, sem visão,
E sem amor, e sendo
Comparte da solidão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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