Hoje, sonhei que eu
Estava em ambiente
Muito satisfatório,
E chegou de repente
Alguém com almejo
De ouvir uma canção
Feita sim e cantada
Por mim. Daí então,
Me inquiriu assim:
“Faz uma canção
E canta para eu
Agora ouvi, irmão?”
Ora, o que redarguir?
Simplesmente só isso:
Eu não sei cantar,
Mas lhe dou escrito
O texto já do gosto
Que você mais quer.
Daí alguém falou:
“Sobre uma mulher
Que não está bem
Comigo em casa.
Ora, quando chego,
Está ela embirrada.”
Daí eu afirmei assim:
Isso é mole para
Mim, ó meu amigo,
Isso não é coisa rara.
Daí então, eu já
Comecei a escrever
Com o sentimento
Que pude perceber
Na vida de alguém
Que me solicitou
Uma canção triste
Para provar o amor
Pela mulher que
Conheceu na Era
Da sua mocidade
No bom pé de serra:
Quando eu chegar
Em casa onde está
Meu grande amor,
Vou falar pra ela
Que eu gosto dela,
Mas feliz não estou.
Porque lá em casa
Não há mais nada
De animar o coração.
Essa mulher se vai
E leva a minha paz
Sem dizer nada não.
Quando chega aqui
Não lhe vejo sorrir,
Nem me dá abraço,
Vivermos nessa casa
De caras embirradas
Feitos cão e gato,
Não acho bom assim,
Ela venderá pra mim
Ou obterei sua parte.
Pois comigo ela quer
Viver sendo mulher
Só para os debates
Com ódio ou rancor.
Falarei ao Promotor
Para os bens dividir,
Se ela não comprar
A parte, eu vou ficar
Sim, com a dela aqui.
Só não posso viver
Com ela sem prazer
Não, bom não acho
E ela também não,
Com esta vida de cão
Pertinho de gato.
Eu já prefiro ficar só,
Pois é bem melhor
Viver num deserto
Do que com mulher
Rixosa que não quer
Seguir o trilho certo.
Então, vá se embora
Ou eu vou, senhora,
À procura de paz,
Amor e alegria,
Para que um dia
Eu sinta aqui mais
Prazer nesta vida
Que é constrangida
Como agora eu acho
Ao seu lado mulher
Que já mostra que é
Cão perto de gato.
Daí alguém falou:
“Se tu cantasses, eu
Me sentiria melhor
Com o povo e Deus.”
Contudo, eu objetei:
Eu não sei cantar,
Só aprendi escrever,
Hoje, vá se organizar,
Saia ou manda sair
Quem não ama você.
Pois é bem melhor
Sozinho do que sofrer.
Quando me acordei
Procurei a mulher,
E não achei na cama,
Tinha ido fazer café
Com muito prazer,
E logo ela me gritou:
“O café está na mesa,
Ó meu grande amor!
Vem logo, para não
Esfriar.” Daí eu fiquei
Falando bem assim:
A mulher que achei
É a melhor coisa sim,
Desta vida na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Deus já disse através
Do rei: “O que acha
Uma esposa acha o bem
E alcançou a benevolência
Do Senhor. Então valeu
O sonho que eu tive.
Hoje, eu e a D. Marisa
Somos cônjuges livres,
Ela faz o que gosta
Sem deixar de amar,
E eu faço o que quero
Sem lhe perturbar.
Assim, a gente constrói
Uma Família para Deus
E pra viver na Terra.
Viva D. Marisa e viva eu.
Mário Querino – Poeta de Deus
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