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Hoje aproveitei a folga
E visitei a minha cidade,
Claro, eu vi gente nova
Com prazer e felicidade.
Paguei minha prestação
E dei uma volta na praça,
Encontrei alguns irmãos
E fiquei repleto de graça.
Às 10 horas senti fome,
Entrei numa lanchonete,
Todos sabem meu nome
E todos me conhecem.
Então, eu sentei à mesa,
Peguei um suco de caju
E um pão com manteiga
E lanchei em Pindobaçu.
Suco de caju? Lanchonete?
Como tudo se modifica,
Depois que a gente cresce!
Suco? Com isso a gente fica
Completamente perdido.
Antes era bolo e refresco
Assim eram reconhecidos.
Deus, isso eu não mereço,
Antes era pensão, venda,
Bar, bodega e tudo mais.
Hoje quem quiser entenda,
É hotel, casas comerciais,
Pousada e lanchonete, faz
A gente ficar ignorante
E ficar realmente pra trás.
Por isso acho importante
A gente estudar bastante,
Pra quando a gente sair,
Não ficar assim ignorante
Sem saber falar nem agir.
Tanta merenda diferente,
Tanto nome estrangeiro,
Deus, tudo tem pra gente
E jamais falta o Dinheiro.
Todo mundo compra isso,
Todos vendem também,
Pindobaçu é o Município
Que todos querem bem.
Daí eu peguei o transporte,
Tirei isso da minha cabeça,
Desci na Laginha com sorte
E disse: Eu vim de Besta.
Alguém replicou: “Por que
Você não ficou lá?”
O que eu pude responder,
Que a aqui é o meu lugar.
Mário Querino – Poeta de Deus
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