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O meu Dinheiro já acabou,
E em greve o Banco está,
Tenho vergonha do credor,
Perto dele não posso passar.
As contas já estão atrasadas
E pagarei com um alto juro,
Pegarei grana emprestada
E o que será do meu futuro?
Cada dia o meu movimento
Piora a minha situação,
Deste jeito eu não aguento,
Vou entrar em depressão.
Eu nunca gostei de dever,
Sempre na vida procurei
Negócio limpo para fazer,
Porém, agora me afundei.
Não sei qual a razão
De tudo agora distorcer,
Com certeza a depressão
Só me faz sofrer.
Ao término desta greve,
Estarei muito arrasado,
A minha depressão segue
E aumenta o meu fiado.
Isso não deveria acontecer,
Mas tudo isso acontece,
Não sei o que vou fazer,
Se a depressão me adoece.
Não há dor maior do mundo
Do que a do varão honesto.
Sofre mais que o moribundo
Que não pensa no progresso.
Muitas vezes até chora
Quando vê o seu credor,
Com receio vai e implorar
E pede em nome do amor
Que ele tenha paciência,
O Banco em greve entrou
E não recebe indulgência.
Por isso amigo, por favor,
Dá-me mais um tempo,
Com certeza vou te pagar.
Sei que terá um aumento
E o Banco não perdoará.
Cobrar-me-á com alto juro,
Mesmo sem ter a razão.
Fiz o meu contrato seguro
E é desfeita a combinação.
Ficando um dia sem pagar
O Banco cobra um absurdo,
Mas se o Banco atrasar,
Obviamente eu perco tudo.
Mário Querino – Poeta de Deus
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