Poeta Mário Querino 15/08/2014 |
Um pobre homem vivia
Num pequeno povoado,
Sempre ele se maldizia
E vivia ali inconformado.
Numa boa oportunidade
O pobre homem ganhou
Muito dinheiro à vontade,
Contudo, agoniado ficou
Com medo de ser furtado.
Então colocava o dinheiro
Num lugar, e desconfiado
Já colocava no travesseiro.
E com essa preocupação
Não comia e nem dormia.
O pobre homem do sertão
Muito apavorado ali vivia.
Então pensou no tempo
Em que comia e dormia
Sem nenhum tormento
E sem essa tal de agonia.
Daí resolveu a ser pobre
E viver contente de novo.
Então fez uma desordem:
Pegou a grana e pôs fogo.
Depois comentou assim:
“Quando não tinha vivia
Nada vinha contra a mim,
Agora não tenho alegria.
Então, eu vou te queimar
E viver no mundo em paz.
Nunca mais vais me tirar
O bom sono que satisfaz
Nem o apetite que tenho.
Agora você vai ser cinza,
Procurar-te nunca venho
Quero viver na paz divina.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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