terça-feira, 28 de abril de 2015

DEVEMOS TRABALHAR COM LIBERDADE PARA O SERVIÇO SER UM SUCESSO



Meu pai era proprietário,
Digo, pequeno agricultor.
Tinha sete filhos homem
E com todos trabalhou.


Alguns amigos prestavam
Serviço para o meu pai.
Então a roça ficava cheia,
É óbvio, era bom demais.


Às vezes eu plantava sim
Uma rocinha de tomate,
Para sustentar a família,
Mas não era um destaque,


Eu precisava com meu pai
Trabalhar todos os dias
Para ganhar meu dinheiro
Com justiça e com alegria.


Meu pai tratava servidor
Como se fosse seu filho,
Nunca oprimiu nenhum
Todos tinham bom trilho.


Um dia mandei um deles
Arrancar tomate na roça,
Ele foi e trouxe a sacola
Cheia, como Deus gosta.


No dia seguinte ele foi
Trabalhar com meu pai
Chegou na hora normal,
Trabalhou alegre demais,


Voltou para casa 11h:30,
Daí cozinhou os tomates,
Comeu na hora do almoço,
Isso foi grande destaque.


Deitou para se descansar
E seu sono foi profundo.
Quando se acordou já era
2:00h, ele respirou fundo


E foi para a roça trabalhar.
Quando chegou, era 3:00h,
Seus colegas perguntaram:
“Dormiu muito rapaz, agora?”


Ele disse: “Rapaz, o sono
Pegou, fiz uma panelada
De tomates que arranquei
Ontem, bem caprichada,


Comi, me deitei um pouco
E peguei no sono, cara!”
Então meu pai só inquiriu
Dando a sua rizada rara:


“Comeu que deu na fraqueza?”
Os colegas comentaram:
“Os tomates da roça de Mário
Desta vez lhe derrubaram...”


Ali todo mundo trabalhava
Com alegria e soltando piadas.
Meu pai foi bem próspero,
E não fazia questão por nada.


A roça de meu pai tinha manga,
Goiaba, cana, lima, abacate,
Limão, capim, feijão, mandioca,
Milho... E plantávamos tomate.


Isso era muito bom e bonito.
Agora, eu já sou funcionário,
Não trabalho mais em roça,
Meu pai fazia o necessário.


Por isso teve 87 anos de vida
E lidou até o dia em que foi
Morar com o Senhor no Céu,
Assim vou fazer para ir depois...



Mário Querino – Poeta de Deus

Poeta Mário Querino 

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