Meu pai era proprietário,
Digo, pequeno agricultor.
Tinha sete filhos homem
E com todos trabalhou.
Alguns amigos prestavam
Serviço para o meu pai.
Então a roça ficava cheia,
É óbvio, era bom demais.
Às vezes eu plantava sim
Uma rocinha de tomate,
Para sustentar a família,
Mas não era um destaque,
Eu precisava com meu pai
Trabalhar todos os dias
Para ganhar meu dinheiro
Com justiça e com alegria.
Meu pai tratava servidor
Como se fosse seu filho,
Nunca oprimiu nenhum
Todos tinham bom trilho.
Um dia mandei um deles
Arrancar tomate na roça,
Ele foi e trouxe a sacola
Cheia, como Deus gosta.
No dia seguinte ele foi
Trabalhar com meu pai
Chegou na hora normal,
Trabalhou alegre demais,
Voltou para casa 11h:30,
Daí cozinhou os tomates,
Comeu na hora do almoço,
Isso foi grande destaque.
Deitou para se descansar
E seu sono foi profundo.
Quando se acordou já era
2:00h, ele respirou fundo
E foi para a roça trabalhar.
Quando chegou, era 3:00h,
Seus colegas perguntaram:
“Dormiu muito rapaz,
agora?”
Ele disse: “Rapaz, o sono
Pegou, fiz uma panelada
De tomates que arranquei
Ontem, bem caprichada,
Comi, me deitei um pouco
E peguei no sono, cara!”
Então meu pai só inquiriu
Dando a sua rizada rara:
“Comeu que deu na
fraqueza?”
Os colegas comentaram:
“Os tomates da roça de
Mário
Desta vez lhe
derrubaram...”
Ali todo mundo trabalhava
Com alegria e soltando
piadas.
Meu pai foi bem próspero,
E não fazia questão por
nada.
A roça de meu pai tinha
manga,
Goiaba, cana, lima, abacate,
Limão, capim, feijão,
mandioca,
Milho... E plantávamos tomate.
Isso era muito bom e
bonito.
Agora, eu já sou
funcionário,
Não trabalho mais em roça,
Meu pai fazia o
necessário.
Por isso teve 87 anos de
vida
E lidou até o dia em que
foi
Morar com o Senhor no Céu,
Assim vou fazer para ir
depois...
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino |
Nenhum comentário:
Postar um comentário