Poeta Mário Querino 28/10/2016 |
Muito obrigado patrão,
Por se lembrar de mim
E também dos irmãos
Que ficaram até o fim
Esperando este salário
Que Deus e o senhor,
Sabem que é necessário
Para o pobre servidor
Existir vivo nesta terra.
Deus não tinha ainda
Feito neste pé de serra
Esta prova que já finda
Com mais fé e sucesso.
Deus permitiu ao patrão
Para ele não pagar certo
O dinheiro da provisão
De toda a minha família
Para eu saber que não
É preciso seguir a trilha
Do roubo ou corrupção.
Cito que a minha mesa
Não teve nenhuma falta,
Foi repleta de surpresa,
De pão, de água e graça,
Obviamente durante
Os meses sem o salário.
Claro, estou confiante
De arranjar o necessário
Para pagar os credores
Que com fé também
Confiaram seus valores
Para eu viver tão bem.
Nos 54 anos de existência,
Nunca passei por prova
Que ficasse de
experiência.
Foi uma forma boa e nova
Para Deus testar minha fé
A minha paciência sim,
Pois não retirei meus pés,
Fiz tudo tintim por
tintim,
Ainda sem a boa previsão
De receber o meu salário.
E de todo o meu coração
Fiz o que era necessário.
Não xinguei o meu patrão,
Trabalhei com fé, alegria
E prazer no coração,
Usando tática, sabedoria
E animando os colegas.
Uns falaram besteiras,
E meu coração entrega
Ao Senhor de maneira
Tão especial que a vida
Tomou outra direção
E agora é bem-sucedida,
Lembrou-se nosso patrão
Que precisamos comer,
Vestir, calçar, pagar algo
Para o nome não ir ao SPC
E sermos bem olhados.
Seja a primeira e a última
Prova na vida dos
servidores
Desta entidade pública
Onde nossos esplendores
Limitaram-se no Município.
Mas vencemos. Pois bem,
Ainda devendo ao Distrito
Louvemos a Deus também.
São dois meses de débito
E só apareceu um salário,
Se o outro estiver perto,
Quitaremos o necessário
E voltaremos ao normal.
É claro, não faltou nada,
Mas devemos ao pessoal
Para manter a nossa casa.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário