Sonhei nesta noite assim:
Estava fazendo uma obra
No meio de uma rua sim,
Claro, era uma coisa nova.
Quando já pronta, o meu
Concunhado pedreiro
Com boa experiência deu
Sovada no recinto inteiro.
Daí eu precisei de gramas
Para embelezar o espaço.
Meu cunhado me chama
Para buscar mais embaixo.
Eu fui com meu cunhado
Que levava uma cangalha
E cambitos pendurados,
Porque ele traria palhas
E o jegue estava na roça.
Nós descemos numa boa,
Como meu cunhado gosta
De pescar, fomos à lagoa
E trilhamos nas margens
Onde a vereda tinha sim
Várias gramas e ramagens.
Meu cunhado disse assim:
“Arranca um pouco desta.”
Então eu respondi: Não,
Vejo que o tipo não presta,
Para colocar na construção.
Então animados seguimos
E saímos onde era o campo.
Lá encontrei um primo
De minha mãe, que tanto
Dele ela gostava. No campo
Tinha bastante capim,
Meu cunhado disse: “Arranco?”
Respondi: Não serve para mim.
Meu primo fez comentários:
“Um campo com tanto capim
E não é assim necessário?”
Falei: Não é bom para mim.
Esse capim não era grama,
É visto como Capim de Burro.
Acordei-me e desci da cama
E descrevi com fé e seguro.
Mário Querino – Poeta de Deus
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